quarta-feira, abril 06, 2005
Mergulho
A primeira barreira a ser vencida é a melhor hora para o beijo. Você quer, ele quer, mas como ultrapassar a linha invisível, tensa linha que separa o que é conhecimento, flerte, amizade em algo mais profundo, mais íntimo?
Porque o beijo é aquela placa que avisa: "Último retorno". Quando se beija alguém na boca, vasculha-se tudo, dos sabores à temperatura da mãos, os ruídos e os silêncios. A textura, o volume, os ângulos.
Não há volta no beijo. Ele mostra o quanto podemos dar certo um com o outro. O que é bom, o que é acolhedor. Se é áspero ou quente, seco ou convidativo. A língua que explora cada canto da experiência ou do frescor. A língua que conta histórias, muitas delas dolorosas, mas todas repletas de princípios, de começos, de esperança.
O beijo é isso: a promessa de que, dessa vez, será duradouro e feliz.
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