quinta-feira, junho 29, 2006

Passando adiante

Empregos que já tive:
1) Assistente de fotógrafo de moda
2) Redatora de portal na internet
3) Repórter de um grande jornal
4) Chefe de reportagem de um jornal médio
5) Assessora de imprensa de duas grandes editoras

Filmes que não canso de assistir:
1) Mishima
2) O julgamento de Nuremberg
3) As cinzas de Ângela (o livro consegue ser melhor ainda)
4) Cinco dias de um verão
5) Mulan

Lugares onde já vivi:
1) Rio de Janeiro
2) Mogi das Cruzes (São Paulo)
3) Salvador
4) Rio de Janeiro, again
5) Friburgo (de tempos em tempos)

Livros que recomendo:
1) Tudo e qualquer coisa de Julio Cortázar
2) Clarita da Pá Virada e Clarita no Colégio, de Violeta Maria
3) Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar
4) As cinzas de Ângela, de Frank McCourt
5) Tudo e qualquer coisa de Ítalo Calvino

Programas de TV que não perco:
1) Boston Legal
2) Projeto Runaway
3) Jakers!
4) Jornada nas Estrelas – qualquer um das franquias
5) Direto do Actor’s Studio

Lugares onde estive de férias nos últimos dois anos:
1) Rio de Janeiro
2) Rio de Janeiro
3) Rio de Janeiro
4) Rio de Janeiro
5) Rio de Janeiro

Não tenho férias há sete anos.

Comidas favoritas:
1) Pizza
2) Croquete de aipim com queijo
3) Qualquer coisa com cheddar
4) Salada de batatas com maçã
5) Queijos. Qualquer um, principalmente gorgonzola.

Websites que visito diariamente:
1) Blogs de amigas e amigos
2) Google
3) Jornais online (O Globo, JB, El País, El Mundo, NYTimes, The Guardian, O Público, entre outros)
4) Blue Bus
5) No Mínimo

Lugares onde eu gostaria de estar agora:
1) Na minha cama, com minha filhota doente, curtindo ambas nosso mal-estar
2) Em Barcelona, andando pelo Bairro Gótico
3) Em Roma, visitando o Túmulo de Adriano
4) Num hotelzinho num lugar frio, com alguém para contar as rugas e fazer algo mais nos intervalos
5) No Louvre, recebendo as chaves do meu novo gabinete

Cinco amigas que receberão esse pepino:
Maura
Marina
Marília
Rita
Fernanda

Se alguma quiser me xingar, inclua-a na sessão - foi ela quem me mandou essa tarefa.

terça-feira, junho 27, 2006

Memorabilia

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Marquei para sexta, dia 30, hora no tatuador. Passei a noite em claro - Zé Colméia está doente - olhando a pele ainda imaculada do meu braço direito, e pensando, afinal, se tenho certeza se quero mesmo fazer a tatuagem.
E eu sempre chego à mesma conclusão: sim, quero. Cada etapa da minha vida foi marcada por um momento significativo - seja cortar os cabelos, pedir o divórcio, trocar de emprego, declarar-me para alguém. A primeira vez em que dei uma reviravolta na minha vida fiz disso tudo um pouco: cortei os cabelos bem curtos, fiz minha primeira e única tatuagem, assisti a todos os shows do Rock'n Rio e aprendi a namorar.
Eu já disse aqui que esperava que 2006 fosse especial. Bom, apesar de alguns tropeços, ele está se mostrando um ano memorável.

sábado, junho 24, 2006

Dia de sol

Fui atrás da dica da Cris, e descobri o blog da Raquel. O post "My latest conversation with a robot", de 20 de maio, me fez rir até quase fazer nas calças. Recomendo :o)

sexta-feira, junho 23, 2006

Eternidade

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Experiências com o tempo: dezoito dias, dezoito meses, dezoito anos, dezoito séculos. Sobrevivência imóvel de estátuas que, como a cabeça de Antínoo Monfragona, no Louvre, vivem ainda no interior desse tempo morto. O mesmo problema considerado em termos de gerações humanas; uma cadeia de duas dúzias de mãos descarnadas, não mais que vinte e cinco velhos bastariam para estabelecer um contato ininterrupto entre Adriano e nós.

Marguerite Yourcenar, "Memórias de Adriano"
Editora Nova Fronteira, 1980

quinta-feira, junho 22, 2006

...

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Eu escrevi um post enorme sobre a conclusão das sessões de psicodiagnóstico da Zé Colméia, que ontem a psicoterapeuta apresentou a mim e ao pai. Mas apaguei porque comecei a chorar tanto, a sentir um ódio tão grande, que acho que não vale a pena escrever isso aqui. Resumindo: o pai acha que ele não tem nada a ver com o que acontece com Zé Colméia. A culpa é exclusivamente minha, já que ele é um pai amoroso e exemplar nos fins de semana que fica com ela.
Por isso eu pedi tanto que ele morresse - porque aí eu deixaria sempre de ter a ilusão infantil de que ele dividiria comigo, quem sabe algum dia, a responsabilidade de formar corretamente duas crianças, e não bancar o animador cultural de fim de semana, achando que isso é ser pai. Eu viveria com a realidade, preto no branco da certidão de óbito, de ser a única responsável pelas minhas filhas.

quarta-feira, junho 21, 2006

...

Eu sei que é profundamente errado e fere do mais básico dos sentimentos de humanidade ao mais elementar princípio religioso.
Mas eu estou desejando ardentemente a morte de alguém. Tiraria de cima de mim um peso imenso, arrancaria de mim uma parte de vive angustiada, raivosa, que anda sem descanso pelos cômodos da casa, na rua, em qualquer lugar.

Em tempo

Você percebe que aquilo que você está comendo deveria estar num latão de resíduos não-recicláveis e não na sua boca quando o rótulo diz: "Sabor artificial de fumaça".

terça-feira, junho 20, 2006

Há sete anos

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Seu gênio, querida, eu tenho que confessar: tem se manifestado das maneiras mais irritantes. Você anda cheia de conflitos, reconhecendo as imensas falhas que seu pai tem e lutando cada segundo para que isso jamais interfira no imenso amor que você sente por ele. Às vezes não há como lidar bem com essa briga dentro do seu coraçãozinho: então, você explode como uma granada esquecida debaixo de um canteiro, no meio de uma guerra.
Mas isso não é todo o tempo. Você, todos os dias, espreguiça esse corpinho magro, me abraça bem quentinho e diz "Bom-dia, mamãe" bem baixinho, como se não quisesse acordar o sol que ainda não nasceu. Pega com carinho sua boneca tão velhinha, tão surrada mas tão amada, calça seus chinelos vermelhos de cachorrinho, me dá a mão (ah, as suas mãos! Como vou sentir falta do toque macio delas, quando você crescer e tiver vergonha de dar as mãos na rua!) e, descabelada e ainda com sono nos olhos, vai começar seu dia.
Vou contar um segredo: adoro ver você dormir. E olhar para você quando está brincando, vendo seus desenhos animados, tentando ler seus livros, fazendo suas bolsas de papel (alguma sua madrinha está, em segredo, confeccionando lá em BH, para juntar à coleção de verão que ela está preparando, já com um "Colaboração nos acessórios de [...]!). Adoro admirar você fingindo que é uma princesa, com um reino a governar, súditos a ouvir - e seus bichos de pelúcia e suas bonecas não dão um pio, prestando a maior atenção aos seus desejos e ordens.
Eu tenho muito orgulho de você, minha Zé Colméia. Por tudo o que passamos juntas, por toda ajuda e atenção que você dá à sua irmã, o que você me ensina todos os dias.
Imitando o que você me diz sempre, mamãe te ama "do tamanho da terra até a lua".
Feliz aniversário, querida.

segunda-feira, junho 19, 2006

Eu mereço

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O desenho está sendo adaptado por uma amiga querida, ilustradora de livros. Mas esse é o espírito da minha nova tatuagem, que eu vou fazer no braço direito.
Meu presente pelos meus 40 anos próximos - e 39 perpétuos :o).

sexta-feira, junho 16, 2006

Bola fora

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Para quem não suporta futebol (e, especialmente, para você, querida): as espanholas criaram um movimento chamado Mulheres por uma Espanha sem Futebol, lutando contra o que elas chamam de "tempestade de testosterona desencadeada pelo Mundial da Alemanha". Para rir um pouquinho - mas não se esqueça de votar na enquete!

Por aí

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Novos & velhos: músicas, blogs, sites, sentimentos, trabalhos, sonhos, planos, projetos, livros e amigos.
C'est la vie.

Hora (des)marcada

Eu tinha consulta marcada hoje às 14h15m - e não sei porque ainda faço isso, já que os médicos SEMPRE desmarcam quando o dia está imprensado entre um feriado e o fim de semana. Idiota sou eu que ainda acredita em médico que marca uma consulta em dias assim.
Não tem jeito: vou morrer otária.

...

Um dia de trabalho como outro qualquer.

quarta-feira, junho 14, 2006

...

Às vezes, conversar com quem eu gosto me faz sentir coisas estranhas. Eu me sinto às vezes desconfortável, às vezes irritada (sem motivos), ou humilhada, excitada, triste, eufórica. Ontem, depois de fechar minha caixa de mensagens, tomei um banho de uma hora e meia.
Sim, talvez eu precise de terapia para arrumar a casa.

segunda-feira, junho 12, 2006

Justiça divina

Para essa querida amiga que anda padecendo de um (imerecido) castigo:

O pai das meninas é vascaíno - assim como a família toda dele. Eu sempre sofri as piores humilhações (de boca fechada, em respeito aos avós dele) por ser flamenguista. Hoje, eu a-do-ro quando as meninas cantam o hino do Vasco, aos berros, pra todo mundo ouvir:

"Vamos todos cantar de coração
A cruz do mal é o meu peidão..."

By the way



E para os que ficam, tem ou permanecem, feliz Dia dos Namorados :o)

...

Pé d'água fenomenal cai sobre o Rio de Janeiro. Não são nem 10h30m e parece que o dia já terminou. Tenho muuuito trabalho pra fazer, mas a vontade é me enfiar na cama dos meus pais e dormir até a hera chegar aqui, no 14º andar do prédio.
E eu tenho que ir hoje ao Centro da cidade...

Ela & outros mais

Por indicação da minha amiga querida (ó santa inguinorância minha!) fui procurar um disco de Nina Simone cantando "Feeling good". Entrei e me cadastrei no site da Modern Sound - quem não é do Rio: essa é a Meca dos CDmaníacos. Se não tem na Modern Sound, não há problema: a gente encomendamos!
Um oceano de CDs que eu queeeerooooo! Mas pelo menos um empecilho ele bota no caminho dos consumistas: a gente tem que ir lá na loja pegar a encomenda. E aí a preguiça ajuda a não coçar a carteira com tanta freqüência.

Enquanto pensa no que dizer...

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... ache o gatinho!

Sem assunto

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Let's talk, people!

sábado, junho 10, 2006

Filosofia do intervalo*

Eu agora tenho banda larga, um computador sem vírus e com uma fonte 100%. Mas tudo isso fica no apartamento dos meus pais, onde montei para mim meu escritório. E a inspiração para escrever aqui só aparece quando eu estou em casa, a uns quatro bairros de distância - e sem computador.
A vida, definitivamente, não é justa.

* Do trabalho, que eu uso agora sábados e domingos para botar em dia o serviço atrasado.

Feeling good

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De Anthony Newley e Leslie Bricusse

Birds flying high, you know how I feel
Sun in the sky, you know how I feel
Breeze driftin' on by, you know how I feel
It's a new dawn
It's a new day
It's a new life for me
And I'm feelin' good
I'm feelin' good

Fish in the sea, you know how I feel
River runnin' free, you know how I feel
Blossom on the tree, you know how I feel
It's a new dawn
It's a new day
It's a new life for me
And I'm feelin' good

Dragonfly out in the sun, you know what I mean, don't you know
Butterflies all havin' fun, you know what I mean
Sleep in peace when the day is done, that's what I mean
And this old world is a new world
And a bold world for me
For me

Stars when you shine, you know how I feel
Scent of the pine, you know how I feel
Oh freedom is mine and I know how I feel
It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
It's a new life for me
And I'm feelin' good
I'm feelin' good
I'm feelin' so good
I feel so good

* Cantada por Michael Bublé. Uma das músicas mais gostosas que ouvi ultimamente. No link tem um pedacinho dela.

sexta-feira, junho 09, 2006

Vestígios

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Pela segunda vez na minha vida, vou desfazer a casa de alguém, mexer em pertences íntimos, perguntar porque alguém guardaria isso ou aquilo. É uma história complicada.
Meu pai tem uma tia, solteirona, que morava com meus avós. Quando minha avó morreu, meu avô, sentindo que também não ia viver muito mais, casou-se com a cunhada para deixar para ela a pensão que recebe por ter sido governador (ou seja, um bom dinheiro). Meus avós tinham um apartamento grande no Leme, que meu avô vendeu (foi quando desfiz, pela primeira vez, a casa de alguém) e comprou outro, também muito bom - mas pôs no nome da nova mulher, o que por lei ele não poderia, porque estava automaticamente deserdando meu pai e tinha mais de 65 anos (o regime tem que ser o de separação total de bens).
Essa tia tem uma filha de criação que, quando meu avô morreu, tomou a vida da minha tia-avó nas mãos - incluindo sua pensão. Mudou-se com o marido e o filho para o apartamento novo e, com o dinheiro da mãe adotiva, comprou computador, telefones (sim, no plural), celulares (a família inteira ganhou), com as contas todas vindo em nome da tia do meu pai. Depois de anos de batalha judicial, o apartamento foi "dado" ao meu avô que, morto, não vai poder fazer nada. Então, serão mais anos para meu pai, o inventariante, consiga ter o apartamento no nome dele.
A filha adotiva - vamos chamá-la de S., de safada e sem-vergonha - fez as malas e carregou o que pôde. Enfiou tudo no carro e fugiu para Belo Horizonte, deixando o apartamento trancado desde outubro do ano passado. Ela foi deixando de pagar as contas - condomínio, IPTU, água, luz, gás - desde fins de 2004. A dívida total chegou a R$ 18 mil, que meu pai vai ter que arcar porque o apartamento está indo a leilão judicial. Enquanto isso, a família tenta interditar minha tia-avó que, segundo amigos, está passando necessidade sem ver um tostão da pensão que recebe.
Essa volta toda foi para explicar o porquê de ontem eu e meus pais termos ido ao apartamento para abri-lo e trocar as fechaduras, munidos de ordem judicial. Tudo o que há dentro dele é do meu pai, agora. E assim eu achei os óculos de minha tia-avó jogados em cima da cama - ela os esqueceu na provável correria de ir embora. Na mesa de cabeceira, seus terços e missais. Nos armários dos três quartos, há roupas penduradas, sapatos (alguns ainda sem uso), CDs, toalhas e roupas de cama, casacos. Numa caixinha, uma coleção de medalhas e dois cachos de cabelos louros.
Na cozinha, o escorredor de pratos estava dentro da pia. No banheiro, as toalhas estendidas para secar. Escovas de dente no copo, pasta de dentes em cima da pia. As camas arrumadas, prontas para o uso se não fosse a camada de poeira nos travesseiros.
A primeira coisa que meu pai fez foi picar e jogar no lixo a foto de S. Os armários do quarto dela estavam cheios de vidros ainda fechados de Herbalife, que ela começou a tomar depois da lipoaspiração que fez. No jardim de inverno, uma esteira elétrica e as cadeiras de balanço do meu avô e da minha tia-avó.
Eu e minha mãe vamos começar a limpar os armários - alguns já têm sinais de cupins. Jogar papéis fora, doar algumas coisas, separar outras. Vai ser difícil decidir o que fazer com os cachos de cabelos.

Michaelis?

Mensagem na minha caixa postal, de telex_treme@hotmail.com:

"ADIQUIRA UMA FRANQUIA DE UM NEGOCIO MILHONARIO"

Na boa, tem coisas que a gente não merece...

terça-feira, junho 06, 2006

Lido em algum lugar

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"Na vida, a gente não toma porre nem remédio para dormir; a gente toma atitudes."

segunda-feira, junho 05, 2006

(No more) Bad Love*

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by Eric Clapton and Mick Jones

Oh what a feeling I get when Im with you
You take my heart into everything you do
And it makes me sad for the lonely people
I walked that road for so long
Now I know that Im one of the lucky people
Your love is making me strong

Ive had enough bad love
I need something I can be proud of
Ive had enough bad love
No more bad love

And now I see that my life has been so blue
With all the heartaches I had till I met you
But Im glad to say now thats all behind me
With you here by my side
And theres no more memories to remind me
Your love will keep me alive

* Sonhar é possível.

...

Hoje descobri que copiaram um post meu, inteirinho, sem dar créditos. O blog não tem e-mail, nome do autor nem nada. Sei lá, senti um troço esquisito. Como ver alguém andando na rua com uma roupa que sei que é minha, e que sumiu há tempos lá de casa.

Maldadezinha

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Eu a-do-ra-ri-a ter um desses para pisar em uns e outras, de vez em quando. E, lógico, eu adoro Prada - e ainda por cima, quando estou a fim de ser besta, digo "Preeei-daa".
Bom-dia, são 10h53m. Sol forte, com nuvens esparsas, sem previsão de chuvas no período. Em Laranjeiras, 24°C.

* E um beijo para você, Blue Eyes, pelo driver e por ser tão Sir Galahad de plantão :o)