quinta-feira, abril 21, 2005

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Todos nós nascemos com um no-break - na verdade, com uma cadeia deles. Existem os mais leves, menos potentes, que funcionam para nos impedir de devorar um pote de sorvete de uma vez só ou gastar o salário inteirinho em meia hora. Em muitas pessoas - em milhares - não funciona.
Há os mais potentes, que brecam nossa vontade de destruir a casa num acesso de raiva ou espancar os filhos quando estamos irritados ou sob pressão. Também esses falham, num número menor de pessoas.
E há o grande no-break, aquele em que, em caso de falhar, tira a nossa vida. É aquele que está no fim da linha. Muitas vezes, o curto-circuito começa do lado errado da cadeia, e pifa justamente o no-break que deveria segurar tudo. Sobram apenas os que impediriam quem explodiu os miolos de se entupir de chocolate ou estourar o cartão de crédito. Mas, para esse alguém, nada mais importa.

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