sexta-feira, novembro 11, 2005

Eu confesso que...

... entro em lojas de produtos naturais, que vendem grãos naqueles sacos imensos de juta, só para enterrar meu braço até o cotovelo em feijão, lentilha ou arroz - lentilhas e arroz são deliciosamente friozinhos!
É tara, mesmo. Incurável.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Palavras sobre o nada

Häagen Dazs não quer dizer nada. Foi criado em Nova York pela família Mattus para soar como algo dinamarquês.
Kodak não quer dizer nada. É um nome que pode ser dito claramente em qualquer língua.
Kangoo não quer dizer nada. Foi um computador que misturou letras e criou o nome do carro da Renault.
E depois tem gente que acha esquisito quando, no IMDB, encontra páginas em klingon.

...

Todo dia eu leio coisas somente pelo prazer de me irritar.
Vá entender...

terça-feira, novembro 08, 2005

Morte cerebral

Estou viciada em palavras cruzadas. Não consigo parar de jogar. Comprei das mais simples às mais difíceis - isso porque as meninas reclamaram que eu não deixava nenhuma das duas jogar no computador, e o CD-ROM é delas.
As curvas do meu cérebro estão sumindo. Pra trabalhar aqui, só fazendo chapinha japonesa mental. Não sei se vou sobreviver a isso.

sábado, novembro 05, 2005

Você achou?

Lendo o que escrevi em posts muito antigos, sinto falta daquela Suzana que tinha tempo e disposição para olhar pela janela do ônibus.
Eu a perdi em algum ponto da estrada. Estou sentindo saudades dela.
Acho que vou voltar no caminho para ver se consigo encontrá-la. Está fazendo uma baita falta por aqui.

50%

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Tenho me perguntando insistentemente nos últimos tempos se é possível amar alguém sem sentir paixão. Ou o que é melhor: viver uma paixão que se apresenta e que, com certeza, não tem futuro, ou ficar com o amor que será para sempre, mas eternamente sem paixão?
O que é melhor? Não sei. Estou naquela fase da vida em que a pergunta não é essa, e sim "O que dói menos?"

Echar de menos

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Do outro lado da cordilheira, já vi que você veio dar uma espiadela. Saudades, moço :o)

Franjas do destino

Isso é uma brincadeira que aprendi com ela. Digite "seu nome + needs", assim mesmo, entre aspas, na caixa de busca do Google e anote os 10 primeiros resultados.

Com "Suzana precisa", achei só duas coisas:

Suzana precisa de você!
Suzana precisa é enfrentar a si mesma, desligar o computador e sair a campo para descobrir temores e limitações ao vivo e a cores.

E depois tem gente que ri quando alguém diz que o Google é o oráculo dos tempos modernos... :o)

À beira do poço

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A pior coisa que se pode experimentar é a insatisfação. Sentimento que tenho à exaustão esses últimos meses.
Sim, estou no emprego errado. E provavelmente muita coisa anda errada na minha vida, mas mudar como? Pedindo demissão e vivendo de seguro-desemprego (e por quatro meses, somente)? E para quê?
Ontem a diretora do escritório me chamou (e eu fiquei boba, porque não entendi o porquê) para uma reunião via telefone com a nossa matriz em Chicago e mais o vice-presidente de uma empresa que começou contrato conosco na segunda passada. Fiquei ouvindo (dizer o quê?) e, terminada a reunião, recebi um calhamaço de informações confidenciais sobre os planos da empresa pelos próximos dois anos (incluindo fechamento e abertura de unidades, no Brasil e no mundo).
Sinto falta dos meus livros. Sinto falta de ficar hora e meia conversando fiado e literatura por telefone com autores e jornalistas de cultura. Sinto falta de fuçar livrarias, sebos, as estantes de escritores. Sinto falta.
Mesmo ganhando mais, o salário não compensa. Não paga essa paralisia mental que anda me atormentando e que me faz ler as revistas semanais de trás para a frente. Que me fez chorar durante o trajeto de volta do Riocentro, porque eu havia estado lá não por causa de uma bienal, mas em razão de uma feira de turismo.
Sempre achei que trabalharia em qualquer coisa e tiraria prazer de todo emprego em que eu estivesse.
Erro meu.

...

Levo as meninas para a escola às 7h, todos os dias. E vejo que tem gente bebendo a essa hora da manhã. Não digo os rotulados pinguços, que viram cachaça e conhaque vagabundo nem bem acordam. Falo da cerveja como café da manhã.
Sinto um desprezo sem tamanho, que Deus me perdoe.
Odeio gente bêbada.