quarta-feira, abril 27, 2005
Sim, eu repeti
Nem adianta pensar por que acabou
talvez o amor acabe um belo dia
apenas por que um dia começou:
acaba a dor como acaba a alegria.
E por favor chore mais mansamente
de repente cai o fruto
se em tudo a vida muda fatalmente
por que seria diferente o amor?
Seria amor por todo e todo o sempre?
Com expediente e horário e rotina?
O mesmo, o máximo, milagre só?
Mas começou – não é? – que bem me lembre
Sem avisar e apesar do clima:
Chuva, uva, vinho, vinagre, pó.
Domingos Pellegrini, "Gaiola aberta"
Editora Bertrand, 2005
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