segunda-feira, janeiro 31, 2005

Na flor dos meus 38 (do segundo tempo)

Voltando para casa, a uma quadra do ponto onde salto, o mundo desabou. Um temporal que fez o ônibus parecer o Bismarck indo a pique. No meu ponto, olhei a rua, já completamente alagada, dei de ombros e desci. Em 30 segundos estava encharcada, o vestido colado no corpo, água escorrendo pelo rosto. Na calçada, esperei abrir o sinal de onde se vê a eternidade passar a charrete e uma escadaria de 130 degraus pela frente. Dane-se. Estava feliz.
Parada lá apertando os olhos (Óculos? Na chuva?) tentando ver se o sinal abria, de repente senti aquele bafo quente no cangote: "Gostosa".
Olhei para o lado. A única coisa que eu enxergava naquele temporal era o bigodinho que berrava inutilmente "Tenho mais de 16!!!!!!!!!!!!!". Nem as sobrancelhas do pirralho acreditavam.
Saquei meu sorriso mais doce e soltei um condescendente "Sou muita areia pro seu caminhãozinho..."
Tomei na lata:
"Tem pobrema, não. Eu faço duas viage!"

Noites rebeldes

Uau! Acabo de detonar uma caixa inteirinha de Bis. Não me sinto tão poderosa e rebelde desde que passei máquina dois no cabelo, há 18 anos.