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Deixar para o outro a última (e maior) fatia do bolo.
Notar se a roupa está com buracos, rasgos, costuras desfeitas; se o cabelo está de outra cor, mais curto ou mais comprido ou se a expressão do rosto está mais descansada.
Encher-se de orgulho pelo sucesso do outro.
Saber que o outro vai, mas volta.
Não se preocupar se o outro está aqui ou na província de Kian, a leste do Rio Amarelo - mas ouvir a voz ao telefone como se fosse na esquina e a saudade, na Lua.
Dividir um sanduíche de dois dias quando nada mais há na geladeira - e achar muito gostoso.
Esperar ansiosamente para fazer amor durante todo o dia, e dormir o melhor dos sonos, enroscadinho, porque o outro está morto de cansaço - mas prometeu compensar no dia seguinte.
Ver vitrines de lojas de brinquedos e imaginar o que NÓS gostaríamos de ter.
Fazer planos doidos, com a certeza secreta que não são tão doidos assim.
Confiar plenamente.
Suspirar constantemente.
Amar sem limites.
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