domingo, março 20, 2005
O amor é fodido
Falamos de fazer amor. Inventamos as nossas vidas anteriores. Esquecêmo-nos de tudo.
A Teresa é o meu amor. Eu sou o amor dela. Damos as mãos. Não fazemos mais nada. Mas não reparamos. Não vamos a lado nenhum. Não podemos. Mas mesmo que pudéssemos, não iríamos. Não fazemos planos. Não temos. Estamos juntos de vez em quando. É a única coisa com que nos importamos: estarmos juntos de vez em quando, como agora estamos.
Miguel Esteves Cardoso, "O amor é fodido"
Editora Assírio & Alvim, 1995
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