domingo, julho 10, 2005
Norma Jean Baker
Buscando fotos na internet, digitei num site de imagens "Marilyn Monroe". Vieram 4.060 imagens. Comecei a olhar uma a uma, e via sempre os mesmos olhos semicerrados, a boa entreaberta de batom vermelho vivo. Fotos que deveriam ser "flagrantes" eram obviamente ensaiadas, ela com a mão no queixo e o dedo médio mordiscando a língua. Ombros de fora, insinuando abrir o casaco de mink para mostrar que nada havia por baixo. Cartazes de filmes, deitada na areia da praia, abraçando James Dean.
Mas essas duas me chamaram a atenção. Uma, por mostrar que ela podia fazer o tipo burra, mas era inteligente, estudiosa, esforçada, autodidata. A expressão do rosto dela, e não o livro no colo, é que nos diz isso.
A outra nos fala do quanto ela parece ter sido massacrada por uma vida que, no fundo, não era para ela. A vida que incluía filhos, que lhe foram negados, um companheiro para toda a vida, que ela não achou. E como ela era, embaixo de quilos de delineador, cílios postiços e batom provocante, uma belíssima mulher.
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