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Nosso amor não teve tormentas,
navegação crispada,
não se aventurou no fundo,
tampouco foi caseiro como o açude.
Teve o som de oboé,
de floresta rilhando pedras.
Não chegamos a ser rio,
permanecemos arroio,
riacho obediente para as aves
que aproxima as pernas
e não separa as margens.
Fabrício Carpinejar, "Como no céu & Livro de visitas"
Editora Bertrand, 2005
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