segunda-feira, setembro 04, 2006

Correspondência eletrônica



Sabe, na volta da escola das meninas, andando devagarzinho para aproveitar ao máximo o dia maravilhoso que está fazendo, percebi o tamanho da mentira que mandei a você não faz uma hora. Tempo pra mim eu tive, sim. Atualizei o Breviário, abri minha página no Orkut.
E me peguei admitindo quão importante o Breviário tornou-se pra mim, depois das minhas filhas. Não consigo ficar sem escrever, sem atualizar, sem falar, sem descrever ou contar alguma parte da minha vida.
E, atualizando o Breviário, não sobra tempo para você. E aí eu caio num arrependimento brutal, porque o Breviário é, grosso modo, um meio, e não um fim. Não posso viver nele como a figura que postei - a mulher enrolada em lençóis falando ao telefone. Talvez fosse melhor eu me desligar dele um pouco, ou talvez ser mais metódica e disciplinada. Mas, hoje, se não escrevo nele começa a me subir uma angústia que não me deixa em paz.

Assim sendo, esqueça o que eu falei de trabalho. Vale, sim, a máxima que diz que quando queremos, o dia têm quantas horas forem preciso. E, mesmo sendo culpada, não deixe de me escrever.
Bjs
Suzana

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