segunda-feira, maio 16, 2005

Notícias da Bienal

Muita gente, muita confusão, programa de índio para quem quer somente comprar. Quem gosta de encontrar autores, fuçar estandes, aproveitar saldões, é ótimo. Mas tem que levar lanche: Bob's cobrando quase R$ 8 por um hambúrguer; batata média a R$ 5. Pedaço de pizza? De R$ 9,50 a R$ 14,90. Sentou? Cachorro-quente a R$ 14,90. O resgate é pago, muitas vezes, duas horas antes de alguém se dignar a trazer a sua comida.
Lya Luft (aparece mais que arroz de festa), Cristóvão Tezza falando da solidão e da paixão (ui!), Luis Fernando Veríssimo, Flávio Tavares, Diogo Mainardi, Fausto Wolff, Lygia Fagundes Telles, Marco Lucchesi, Moacyr Scliar, os franceses... Ah, os franceses! Que bom que foram todos embora! Porque a coisa mais chata do mundo é agente literário que fica de cão de guarda do seu autor. Teve uma que parecia ter feito xixi em volta do seu cliente: mulher invadia a área e ela rosnava. E o cabelo louro pra cá e pra lá, pra cá e pra lá...
Mais a atração maior para quem trabalha na bienal é o Gustavo, um dos rapazes que dirigem os carrinhos que levam e trazem os autores para os eventos. Uia!
O mais hilário:
Heloísa Perrissé chegando de carrinho escoltado por oito seguranças (parecia o carro do Kennedy em Dallas). A turba de estudantes correndo atras, ela entrando esbaforida no Café Literário do Armando Nogueira falando de Nelson Rodrigues. Silêncio total. Ela constrangidíssima, ainda encostada na porta, de braços abertos, pedindo desculpas. E a horda enfurecida do lado de fora querendo entrar.
Lily de Carvalho autografando seu livro. Ela está sempre com cara de que está encantada. Com qualquer coisa. Com qualquer pessoa. Acho que não dá mais para desmanchar o sorriso.
Hoje tem Marcelo Mirisola (que só conheço por e-mail) e João Gilberto Noll. Pouca coisa que é muita.
Trabalhei 16 horas no sábado; completei 14 horas de vaivém nos pavilhões no domingo. Mas estou muuiiiito feliz. Porque sou privilegiada por privar da amizade de grandes escritores e de poder entrar onde o público é vetado.
É por isso que eu amo Bienal do Livro :o)

Nenhum comentário: