quarta-feira, maio 18, 2005

Na estante

Um dia alguém me disse que isso aqui era o "metidaaintelectualizada.com.br". Pode até ser, mas quer saber? Não estou nem aí. Amo livros; já passei dos dois mil volumes. As meninas têm uma biblioteca que está avançando pelos 400. Eu e meu ex-marido sempre ganhamos muitos livros (adultos e infantis). Meu trabalho envolve livros. Tenho tantos que acabo lendo, às vezes, quase seis ao mesmo tempo. Aí paro, me organizo e aproveito um de cada vez. Foi o que aconteceu com o Manoel de Barros. Nem sabia que tinha, mas como tem a capa bonita enfiei na bolsa para ler no ônibus. O do Cortázar estava na minha mesa, e peguei por acaso, enquanto ouvia uma pessoa muuuuuuuuuuuito chata ao telefone.
Adoro livros: o cheiro, as cores, as capas. As guardas (aquele papel colorido que vem entre a capa e a página de rosto), as orelhas, o tipo de papel, as ilustrações ou os detalhes. Meu sonho (que espero realizar quando for a São Paulo) é finalmente conhecer a biblioteca de José Mindlin. E morro de ciúmes dos livros que comprei com dificuldade, ou que herdei, ou que me foram dados por alguém especial.
Não me importo que minhas filhas manuseiem os delas. Elas tomam cuidado, mas viram as páginas de qualquer maneira e acabam amassando muitas. Mas é assim que se aprende a gostar de livros: usando. Para ficar bonitinho na estante, é melhor comprar caixote pintado.

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