domingo, setembro 25, 2005

Você inventa o amor, eu invento a solidão*

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É fácil encantar com conversas baratas no meio do bar. Tomar cerveja, inclinar os peitos, fazer cara de malvada, simular trejeitos, soltar a fumaça do cigarro com uma simples pressão dos lábios, cruzar as pernas direitinho, dar risadas debochadas, levantar e ir embora como um sonho bom.

Difícil mesmo é ser amada por quem bem te conhece. Quem acorda de manhã e agüenta o mau humor, a espinha gigantesca na testa e a insegurança das manhãs de domingo. Parece impossível amar quem a gente não queria, chora-se por tentar encaixar a realidade numa ilusão de outrora. Lidar com a realidade foge do padrão onírico dos contos de fada. Porque amor não dá as respostas certas na hora que a gente quer. É o único momento na vida em que o corpo quer rumar para um lugar incerto enquanto a alma precisa de chá, bolachas e cafuné no sofá.

*Post do blog Garrafas ao Mar, da Lígia, com quem ainda não tive o prazer de disputar, numa mesa de bar, quem inclina os peitos melhor :o)

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