domingo, setembro 25, 2005
O que eu ainda não vi
O monte Saint-Michel é um ilhote rochoso na embocadura do Couesnon, no departamento da Mancha, na França, onde foi construído um santuário em homenagem ao arcanjo São Miguel. Seu antigo nome é "monte Saint-Michel em perigo do mar" (Mons Sancti Michaeli in periculo mari)
A arquitetura prodigiosa do monte Saint-Michel e sua baía constituem o ponto turístico mais freqüentado da Normandia e um dos primeiros da França, com cerca de 3,2 milhões de visitantes por ano. Uma estátua de São Miguel erguida no topo da igreja abacial culmina a 170 metros de altura.
A Abadia foi construída a partir do século X num areal à beira mar, local da segunda maré mais alta do mundo (o desnível chega a 15 metros). Duas vezes ao dia, a maré sobe a uma grande velocidade, e transforma a cidadela numa ilha. Na maré baixa, a distância entre o monte e a beira-mar chega a atingir 18 quilômetros, fazendo desse areal uma paisagem surreal mas também perigosa, devido à presença de areias movediças.
Dia a lenda que, em 708, Auberto, bispo da cidade de Avranches, teve um sonho em que o arcanjo Miguel punha o pé sobre a grande pedra e ordenava a construção de uma igreja no local. Obediente, Auberto ergueu um oratório. Depois vieram a abadia e um claustro. Uma grande igreja começou a ser construída em 1023. O ano de 1154 marcou o início de um período de esplendor em Saint-Michel. O abade Robert de Torigni, homem de vasta cultura, fez da abadia a "cidade dos livros" ao construir uma biblioteca, que se tornou uma das mais importantes da França.
Em quase 1300 anos, a abadia do Monte Saint-Michel testemunhou e participou da história da França. Cercado por muralhas, o edifício transformou-se em fortaleza durante a guerra dos Cem Anos (1337-1453) contra os ingleses. Viveu seus piores dias após a Revolução Francesa (1789), quando foi usada como prisão. A cada incêndio e destruição, a abadia foi sendo reconstruída ainda com mais vigor. O resultado é uma mistura harmoniosa de estilos, que a torna única. Em 1966, um monge beneditino decidiu viver confinado em Saint-Michel, resgatando a missão da abadia como a casa de oração, determinada por São Miguel ao bispo de Avranches.
Diversos prédios e habitações do sítio são, a título individual, classificados como monumentos históricos (a igreja paroquial desde 1909, por exemplo) ou inscritos no inventário suplementar de monumentos históricos.
Classificado monumento histórico em 1987, o sítio figura desde 1979 na lista do Patrimônio Mundial da Unesco.
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Um comentário:
é linda, linda , a ilha. A catedral também.Em cada sala ha uma surpresa como uma jovem tocando violino, um corredor onde se vê sombras na parede e barulhos de tempestade e correntes se arrastando, num terraço você descobre um jardim, enfim,se não fosse minha claustrofobia eu teria aproveitado horrores.
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