Vendo as fotos que tenho desde que casei, dei-me conta que apareço em impressionante meia dúzia de imagens. Geralmente, como uma das meninas no colo. Ou ambas na minha frente. Ou uma só - mas do lado de dentro da barriga, e não fora. Tenho, porém, participação especial em várias - um braço aqui, a mão acolá.
E aí me dei conta que, por longos sete anos, eu fui não eu mesma. Fui só mãe e esposa. A mulher simplesmente sumiu.
segunda-feira, junho 15, 2009
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2 comentários:
Eu tenho sincero receio de deixar de ser eu e passar a ser uma coadjuvante de mim mesma. Acho que por isso não tive filhos até hoje.
Adrina, filhos são a coisa mais maravilhosa que pode acontecer a um ser humano, especialmente com uma mulher. É uma sensação absurdamente tão indescritível que separa a vida da gente em "antes" e "depois". Não foi a maternidade que me anulou; foi o casamento. E a culpa foi exclusivamente minha - eu deixei que acontecesse.
Bjs
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