Hoje de tarde, sentei com as meninas e conversei com elas. Quase uma hora. Amanhã, fecho minha casa e vou morar no apartamento da minha mãe. Tirando meus aparelhos de ginástica, ele está vazio. Eu vou dormir no chão, e as meninas vão ficar nos colchonetes que elas usavam na escola. Elas encararam numa boa, e me surpreendi que, em vez de reclamarem por não terem televisão lá, se angustiaram com o destino dos cachorros.
Quando me separei há dois anos, uma das coisas que meu ex-marido disse é que eu nunca seria nada sem ele, que eu não conseguiria sobreviver. Ele tinha razão. Não consegui. Briguei durante dois anos da melhor maneira que pude, senti-me orgulhosa a maioria das vezes. Mas agora eu tenho menos de vinte reais na carteira, uma despensa vazia e meu nome a caminho do SPC. Tentei manter as contas em dia, mas as próximas vencem na segunda-feira e eu não terei como pagar. Nem agora nem tão cedo.
As meninas estão me ajudando. Cada uma escolheu alguns brinquedos para levar e uma boneca, cada uma. Depois da escola, virei aqui alimentar os cachorros e lavar o terraço e o pátio deles.
Não sei como vou levar o computador, porque vou tentar ir de ônibus com as bolsas e a mala delas. Assim, talvez eu fique um tempo sem vir aqui, a não ser para mandar a lista dos livros.
A todos os que me mandaram palavras de incentivo, carinho, o meu muito obrigado. Mesmo.
sábado, fevereiro 18, 2006
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6 comentários:
ai suzana, que angústia não poder te ajudar. estou tendo uma idéia maluca: será que se eu arrumar um amigo com carro a gente não consegue levar algumas das suas coisas? sei que a gente nem se conhece e você deve me achar uma doida mesmo. mas eu não sei o que é. deve ser o aperto no coração que me dá quando leio isso aqui. acho que você está sendo de uma dignidade impressionante e eu me sinto meio boba das vezes que me angustiei com meus problemas que nem de longe tem essa magnitude. não podemos perder contato. vou te passar meus telefones. se você quiser, não precisa postar esse comentário. ai vai: 27223546/98897155(meu)/98897156(paulo). a gente viaja na quinta, mas antes disso você pode me ligar, se quiser. uma última pergunta: os teus pais não podem te ajudar? um grande beijo, cris
só mais uma coisa: pode ter certeza que eu e paulinho não somos cereal-quílers, hehe. bj
Voce não pensa em dividir a casa com alguem durante um tempo?
Voce sabe eu estou procurando, não sei se seria o caso mas uma outra pessoa quem sabe? Voce fica no seu espaço, em vez de ficar na casa da sua mãe isso é importante e outras pessoas acabam dando uma dinamizada nas coisas. Mais gente, mais movimento, outras paisagens, mais trocas, menos concentração de "peso" etc. Hein? :)
Fica bem e as meninas também.
Suzana, cheguei até aqui pela Cris e realmente fiquei encantada com os seus textos. Desejo tudo de bom pra vc nessa nova fase da vida. Espero que as coisas se arrumem logo logo. Beijos
Poxa, Suzana. As vezes fico sem tempo de ler o blog, por causa do trabalho (o acesso é bloqueado), mas sempre que leio vc tem o dom de tirar meus pés do chão, mesmo. Seja com seus textos ultrabem escritos, suas histórias, o jeitinho único que vc tem de retratar seu cotidiano...me faz rir em um post e, logo embaixo, choro no outro.
Sei que não tenho como me relacionar diretamente com a situação que vc está passando agora, porque é algo que nunca vivi, e por isso as minhas palavras talvez não lhe sirvam de consolo, alívio, nem nada. Mas eu sinto pelo que vc está passando, até porque sei que vc tem algumas vidinhas que se apóiam muito na sua, mas quero q vc saiba que eu torço, rezo, e mando todos os bons pensamentos a vcs todas (incluindo os catchuritos) para que isso passe logo, como tudo na vida, aliás, e mais logo ainda vc reeencontre o eixo e volte à sua normalidade.
Não sei realmente no que eu poderia te ajudar, mas se vc achar q eu posso, em qualquer coisa, me escreva...
E não pare de escrever nunca, que é o teu dom, vc colore a vida de varias pessoas com o seu blog que é tão lindo.
Tenho certeza que coisas muito boas te esperam, porque essas coisas são sempre reservadas para gente que não foge à batalha, como vc.
Te adoro.
Beijo grande,
Marilia
Boa sorte!!! :))
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