Fashion Rio, a melhor amostra da fauna carioca. Hoje centenas de pessoas devem ter acordado surdas, porque é impossível qualquer ouvido humano sair incólume daquela mistureba de ritmos e músicas, cada um tocado no volume mais alto.
Muita gente na porta dos estandes, tentando entrar. O mais bombado (eca! ODEIO essa palavra) era o do caderno ELA. Ana Cristina Reis sempre absoluta, correndo de um desfile para outro. Ela, logo a mais linda e vitaminada jornalista fashion, era a que menos parecia do mundo da moda. Aliás, é a regra: quem parece fashion da cabeça aos pés... não é. O estande da Oi/MTV, onde eu estou trabalhando, também entupido. O do JB às moscas. No do Sesc, uma oca com um cacique (de verdade). Não vou dizer que foi programa de índio. Prometo.
Vera Loyola toda de bege, com o cabelo... bom, parecia que, saindo do salão com o cabelo ainda molhado de laquê, ela tinha passado por cima de uma saída de ar do metrô. E o cabelo secou assim, duro, pra cima. Uma coisa. Atrás dela, uma entourage cacarejante.
Babi com seu sorriso de Coringa, flanando em todos os estandes. Vanessa de Oliveira – que mulher LINDA! Cara quase lavada (ou, o que deve ter acontecido, trabalho de um maquiador muuuuito bom), cabelo preso num coque. Silvia Bandeira continua com a mesma cara de sempre, nada pra baixo. Beth Lago toda de preto e havaianas gravando cabeças nos jardins de pedra (aliás, de onde emanava um delicioso aroma de fleur de cocô. Inesquecível). No telão, Isabeli Fontana no desfile da Salinas parou os corredores – aliás, decretou-se que em desfile de biquíni a modelo não pode ter bunda? É isso, santa?
No backstage (é, não se usa mais bastidores. Palavra banida. Não mais dicionarizada) do Salão Corcovado, muita mulher pelada (e desnutrida. Realmente, câmera engorda cinco quilos) olhando com cara de cachorro pidão a mesa do bufê – onde o pessoal da produção (euzinha, inclusive) se fartava. Glória Kalil, toda de branco com sandálias rasteiras pretas, chiquéééérrima. Giani Albertoni magérrima e imensa – a mulher é enorme! Bernard e a mulher, Zezé Polessa & Luiz Salém (que estava carregado de brindes & sacolas & mimos de todos os estandes. A peregrinação foi ótima), alguns ex-BBBs (não reconheci nenhum, não conheço nenhum. Mas ouvi muitos "Ih, olha lá o fulano do BBB!"). Gisela Amaral, tão elegante, tão maravilhosa, despencou ribanceira abaixo no conceito de muita gente, incluindo do meu. Vamos ao seu vestido: tomara-que-caia (sim, ela tem quase 60, se não tem mais), justo até o meio das coxas, abrindo-se em três camadas de babados até o meio das canelas. A estampa? Discretinha: xadrez branco e vermelho. Sim, toalha de restaurante italiano. Igualzinho. Ah, a bolsa era do mesmo tecido. O sapato eu não vi, não. Se fosse de xadrez, dava Rosane Collor na cabeça e aí era demais para o meu coraçãozinho.
Muita maquiagem pesada. Muito paetê. Muitas aspirantes a modelo-manequim-estrela usando calças não-dá-pra-sentar-nem-respirar, miniblusas e saltos altíssimos. Uma que passou por mim estava com scarpin preto de salto nas alturas e bico mais fino ainda; um short jeans que, de longe, parecia um lenço amarrado nos quadris; microblusa de couro preto e coleira tachada. Cabelo curto, muuuita sombra e plantão insistente na porta do estande do ELA.
Dormi no desfile da TNG. Antes de começar. Sabe aquela coisa de "Vou dar uma cochilada no anúncio"? Pois é. Vergonha total. Não vi ninguém. Nem a Naomi Campbell. Mas não deu: acordar às cinco e meia e assistir desfile mais de dez da noite, aquela coisa de ver o povo pra lá e pra cá, pra lá e pra cá... Mas não babei nem ronquei. Juro.
E hoje tem mais.
quinta-feira, junho 16, 2005
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