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Hoje de tarde levei as meninas para passear. Comemos no McDonald's e fomos dar uma volta e ver vitrines, escolher o vestido das duas para a festa junina, conversar. Numa galeria, vi um bazar (pra quem não sabe, eu sofro de uma doença rara que me faz ter compulsão de entrar em bazares e brechós). Entramos, duas senhoras já idosas que estavam organizando a venda começaram a brincar com as meninas e eu fui inspecionar as araras. Mas o que me chamou a atenção não foi nenhuma roupa: foram dois álbuns antigos com bonecas de papel para vestir. A delicadeza do traço, o tamanho das bonecas (uma era a "jovem" rainha Elizabeth da Inglaterra), o sortimento de roupinhas. Eram álbuns enormes, já meio amarelados. As meninas ficaram muito espantadas e encantadas em ver que existiam bonecas de papel para vestir e como a brincadeira funcionava.
Não comprei os álbuns (estavam reservados), e senti uma saudade enorme da minha infância. Quando chegamos em casa, eu e as meninas fizemos bonecas de papel com um guarda-roupa completo, pintado com lápis de cera e completamente torto - mas que mereceu, pelo prazer que ressuscitou em mim, a caixinha delicada onde eu guardava os cartões dos buquês de flores que eu recebi até hoje. No fim das contas, são letra morta. Mas minha infância e o que eu puder passar às minhas filhas, não é.
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