terça-feira, fevereiro 27, 2007
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A Lei de Murphy é implacável. Não tem volta, não tem exceção que faça essa regra, não dá descanso, é certa como certo são dois mais dois (mas jamais dando cinco). Depois da tarde terrível no Fórum, um engarrafamento monstro na porta da escola me obrigou, por mais de uma hora, a ouvir Zé Colméia tendo um surto de "Como seria bom se o papai". Sabe como é? Começa com "Você e o papai namoraram muito?", passa por "Você beijava ele na boca sempre?" e vai escorregando para o apocalíptico e torturante "Se o papai morasse com a gente ..............." (preencha os pontinhos com alguma coisa legal e utópica, tipo "... eu teria um pônei de verdade na minha varanda.").
Meu ânimo e minha energia foram ficando pelo caminho, e cheguei em casa me sentindo uma lesma depois da chuva. Enfiei as duas na cama e fui cozinhar. Fiz uma torta de banana com cobertura de suspiros. Mas foi muito rápido, e então resolvi fazer um bolo de chocolate com a massa muuuito bem batida. Depois que pus no forno, vi que passaria a noite cozinhando se não parasse. Então fui tomar banho - e comecei a cantar no chuveiro. Primeiro foram modinhas (já tentou cantar rock aos prantos? Não dá). Aí, quando a cachoeira desagüou toda pra fora, fui desfiando meu repertório - de Vicente Celestino a The Who, passando pelas escalas da aula de canto e pontos de umbanda. Depois que quase três horas, meu vizinho sutilmente pediu que eu parasse, jogando bolas de papel higiênico molhado na minha janela.
Água, música e comida - melhor terapia não há.
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3 comentários:
Há sim...............
Suzana, que esnobação com esses bolos, heim? Só perdôo porque você está tristinha!
1. Eu acho encantadora essa sua idéia de cozinhar nas madrugadas.
2. Seu vizinho é um chato, hein?
3. Crianças...
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