Eu convivo bem com várias coisas. Mas aquilo que sempre fica martelando na cabeça, alfinetando coração e alma é o que pode ser resumido numa frase:
Simplesmente não é justo.
E isso eu não consigo digerir.
sexta-feira, maio 29, 2009
Queremos tanto a ele
Mais vivo que nunca no 25º aniversário de sua morte, Julio Cortázar retorna às estantes. A editora Alfaguara apresentou ontem, em Barcelona, "Papéis inesperados", uma coletânea de textos inéditos do escritor argentino recuperados de seu arquivo pessoal.
No total, são quase 500 páginas onde estão incluídos contos desconhecidos, versões diferentes de relatos já publicados, um capítulo que foi deixado de fora do Livro de Manuel, artigos para jornal e poemas.
– O leitor que coleciona Cortázar vai ter agora a sua obra completa – explicou Carles Alvarez Garriga, o organizador e editor da obra.
Os textos, muitos deles manuscritos, se encontravam em cinco caixas que estavam guardadas por Aurora Bernárdez, a viúva do escritor, na residência que o casal mantinha em Paris.
E foi precisamente em Paris, em 1984, que Cortázar (1914-1984) morreu aos 69 anos, depois de haver deixado como legado algumas das criações mais emblemáticas da literatura latino-americana, como "O jogo da amarelinha (1963)", "Bestiário" (1951), "Fim de jogo" (1956) e "Histórias de cronópios e de famas" (1962).
Em "Papéis inesperados", os escritos dispersos na temática e no tempo foram agrupados em três partes: narrativa, textos jornalísticos e vivências pessoas, e, por fim, alguns textos dificilmente classificáveis.
– No livro vemos todos os registros do autor em todas as idades – destacou Alvarez Garriga. – Existem relatos surpreendentes, nos quais se pode ver como Cortázar aprende a escrever.
Além disso, se encontram reflexões sobre arte, pintura, fotografia, música, prólogos e textos políticos, como os que escreveu sobre o Chile e os desaparecimentos de 30 mil militantes de esquerda na Argentina.
– A figura de Cortázar não precisa ser recuperada; ele é lido e editado constantemente. Entretanto, "Papéis inesperados" pode contribuir para que muitos leitores revitalizem Cortázar e voltem a ler aqueles livros que descobriram quando eram jovens.
A obra deve sair no Brasil nos próximos meses.
(Diário Catarinense)
Aceitam-se doações.
quinta-feira, maio 28, 2009
Luz da minha vida
Junho é o aniversário da Zé Colméia. Eu prometera a ela dar uma festa de pijama e, de presente, um sari. Ontem, chamei-a e contei a ela que não poderia pagar pela festinha nem pelo presente. Bolo (presente da madrinha) e brigadeiros eram o máximo que eu poderia dar. O presente teria que esperar, Deus sabe quanto.
Então ela me abraçou e disse "Tudo bem, mamãe. Eu te amo e não me importo em ganhar uma festa pequena. A gente dá um jeito, né? E tem meus amigos, que me trazem lembranças no dia do meu aniversário. Não fica assim, não. O importante é que a gente está junto - eu, você e a Catatau."
E eu chorei muito depois que elas dormiram. E agradeci imenso pelas filhas maravilhosas que eu tenho. E hoje chegou um trabalho - que eu só vou receber em julho, mas é trabalho.
E então colori meus cabelos de henna. E fiz as unhas. E levantei a cabeça. Porque mesmo que eu me sinta um fracasso como pessoa e como profissional, sei que como mãe eu sou um sucesso. E um (que vale por 10) em três, nessa vida, tá de muito bom tamanho.
Então ela me abraçou e disse "Tudo bem, mamãe. Eu te amo e não me importo em ganhar uma festa pequena. A gente dá um jeito, né? E tem meus amigos, que me trazem lembranças no dia do meu aniversário. Não fica assim, não. O importante é que a gente está junto - eu, você e a Catatau."
E eu chorei muito depois que elas dormiram. E agradeci imenso pelas filhas maravilhosas que eu tenho. E hoje chegou um trabalho - que eu só vou receber em julho, mas é trabalho.
E então colori meus cabelos de henna. E fiz as unhas. E levantei a cabeça. Porque mesmo que eu me sinta um fracasso como pessoa e como profissional, sei que como mãe eu sou um sucesso. E um (que vale por 10) em três, nessa vida, tá de muito bom tamanho.
quarta-feira, maio 27, 2009
Off
O dono da editora pra que presto serviço abriu um novo negócio, e o resultado é que o volume de trabalho que eu tinha caiu vertiginosamente. O resultado chegou agora: dívidas no valor de quase R$ 2800 - prejuízo que não dá para rolar, como contas atrasadas de luz, água e telefone.
Assim sendo, estará na sua caixa de mensagens, na segunda-feira, mais uma queima de selecionados das estantes lá de casa. E (já estou com os meus olhos rasos d'água) provavelmente meu computador novo entrará na roda.
A vida: vão-se os anéis, permanecem os dedos. E é repetindo esse mantra que eu vou conseguir me levantar todas as manhãs e viver.
Assim sendo, estará na sua caixa de mensagens, na segunda-feira, mais uma queima de selecionados das estantes lá de casa. E (já estou com os meus olhos rasos d'água) provavelmente meu computador novo entrará na roda.
A vida: vão-se os anéis, permanecem os dedos. E é repetindo esse mantra que eu vou conseguir me levantar todas as manhãs e viver.
Satisfação garantida
À heroína (ou herói) que também estava com insônia e revirou do avesso este humilde Breviário da uma às três da madrugada, o meu muito obrigada.
Porque 86 pageviews é recorde.
Não tem prêmio, só gratidão.
Volte sempre.
Porque 86 pageviews é recorde.
Não tem prêmio, só gratidão.
Volte sempre.
Interiores
Somente uma mulher sabe o que é divertir-se a noite inteira, sorriso nos lábios, charme e confiança - enquanto o arame do sutiã meia-taça fura o bojo e atravessa sua veia pulmonar.
Somente uma mãe sabe segredos não-escritos e passados geração a geração - como usar feijão cru, brita moída e orvalho colhido antes do Dia de Todos os Santos para tirar manchas não-identificadas da roupa dos filhos.
Somente uma divorciada consegue identificar, no timbre de voz de um homem ao telefone, quando ele está mentindo, somente enrolando ou dizendo (inacreditavelmente) a verdade sobre aquele atraso de 765,2 horas.
Somente uma jornalista consegue sentir-se completa e totalmente só e concentrada, numa bolha de silêncio, com sete televisões aos berros e 350 pessoas falando pelos cotovelos ao seu redor.
Essa sou eu. Infelizmente, não sei o que fazer com meus superpoderes. A não ser sofrer de insônia e sentir-me a mais fracassada das criaturas.
Ah, é. Pieguice mode on. No volume máximo.
Sorry.
Somente uma mãe sabe segredos não-escritos e passados geração a geração - como usar feijão cru, brita moída e orvalho colhido antes do Dia de Todos os Santos para tirar manchas não-identificadas da roupa dos filhos.
Somente uma divorciada consegue identificar, no timbre de voz de um homem ao telefone, quando ele está mentindo, somente enrolando ou dizendo (inacreditavelmente) a verdade sobre aquele atraso de 765,2 horas.
Somente uma jornalista consegue sentir-se completa e totalmente só e concentrada, numa bolha de silêncio, com sete televisões aos berros e 350 pessoas falando pelos cotovelos ao seu redor.
Essa sou eu. Infelizmente, não sei o que fazer com meus superpoderes. A não ser sofrer de insônia e sentir-me a mais fracassada das criaturas.
Ah, é. Pieguice mode on. No volume máximo.
Sorry.
terça-feira, maio 26, 2009
Apocalypto
A coisa está realmente feia quando voam acusações de "boba", "chata", "linguaruda" e que tais no café-da-manhã.
Entre você e sua filha. E a caçula dizendo "Parem vocês duas agora! Que coisa feia!"
Entre você e sua filha. E a caçula dizendo "Parem vocês duas agora! Que coisa feia!"
segunda-feira, maio 25, 2009
...
... E aí o resultado de ter dormido no chão da sala, tão docemente sob o sol de outono e depois de uma caneca de chá de abacaxi com gengibre, foi articulações entrevadas e um guindaste solicitado via bombeiros para me tirar do chão.
Velhice é. Mesmo. Uma.
Acredite.
E eu já sei o que anda errado comigo.
Estou precisando rir. Muito.
Velhice é. Mesmo. Uma.
Acredite.
E eu já sei o que anda errado comigo.
Estou precisando rir. Muito.
Tratado amoroso
Fiquei com ela a sós, só com ela e o vinho;
e das trevas a asa ia-se então abrindo...
Somente através dela eu a vida sentia.
Que pecado haverá neste anelo de vida?
Eu, ela, o vinho branco, a noite sem limites:
éramos terra, e chuva, e ouro, e azeviche.
Ibn Hazm, "O colar no pescoço da pomba"
Córdoba, c. 1000
*Suspiro*
Gripe. Sem trabalho. Então, fiz uma caneca gigantesca de chá de abacaxi com gengibre. E agora vou ali deitar no chão da sala e aproveitar o sol de outono.
Beijocomenta.
E às vezes eu posto qualquer coisa - tudo absolutamente irrelevante - com a vã esperança que alguém apareça e diga alguma coisa. São essas as dores sem delícias de trabalhar absolutamente sozinha...
Beijocomenta.
E às vezes eu posto qualquer coisa - tudo absolutamente irrelevante - com a vã esperança que alguém apareça e diga alguma coisa. São essas as dores sem delícias de trabalhar absolutamente sozinha...
And the winner is...
O pequeno amor-próprio e a baixa auto-estima (revelando todo o esplendor de sua contradição em termos) afloram de maneira gloriosa quando, ao ler o edital de um concurso cujas provas são tudo o que você estudou a vida inteira, sentimos uma onda de humilhação trazendo o pensamento de que deve haver zilhares de pessoas mais bem preparadas, mais estudadas e mais inteligentes fazendo a prova junto conosco.
Vinil, velharias & cacos em geral
Quando a gente fica velho começa a viver pra trás. Assim: eu quase nada conheço da música que é feita hoje, mas em compensação a garimpagem pelo que foi criado nos anos 40 pra cá... Se tem gente que tem palpitações quando entra numa loja de CD procurando coisa nova pra comprar eu sou fuçadora de mercado de pulgas musical. Já desencavei Point Sisters, Ella Fitzgerald, Dinah Washington, The Jackson Five, Count Basie, Elvis, Eric Clapton & Bruce Springsteen, Steve Wonder, Santana, George Benson, The Commodores, Aretha Franklin, Otis Redding, Rufus Thomas, Gladys Knight & the Pips, Martha Reeves & The Vandellas, David Bowe, Charlie Parker, Bud Powell e Thelonious Monk, Dizzy Gillespie, Clifford Brown.
E seguimos com Diana Ross, Evelyn Champagne, Donna Summer, Santa Esmeralda, KC and the Sunshine Band, Labelle, Queen, Chic, Sister Sledge, Earth, Wind & Fire...
Tô até a tampa de teia de aranha & meias de lurex.
E seguimos com Diana Ross, Evelyn Champagne, Donna Summer, Santa Esmeralda, KC and the Sunshine Band, Labelle, Queen, Chic, Sister Sledge, Earth, Wind & Fire...
Tô até a tampa de teia de aranha & meias de lurex.
sábado, maio 23, 2009
Blame it
My baby's always dancin'
And it wouldn't be a bad thing
But I don't get no loving
And that's no lie
We spent the night in Frisco
At every kind of disco
And from that night I kissed
Our love goodbye
Don't blame it on sunshine
Don't blame it on moonlight
Don't blame it on good times
Blame it on the boogie
Don't blame it on sunshine
Don't blame it on moonlight
Don't blame it on good times
Blame it on the boogie
The nasty boogie bugs me
But somehow it has drugged me
Spellbound rhythm gets me
On my feet
I've changed my life completely
I've seen the lightning leave me
My baby just can't take
Her eyes off me
Don't blame it on sunshine
Don't blame it on moonlight
Don't blame it on good times
Blame it on the boogie
Don't you blame it on sunshine
Don't blame it on moonlight
Don't blame it on good times
Blame it on the boogie
I just can't
I just can't
I just can't control my feet
I just can't
I just can't
I just can't control my feet
I just can't
I just can't
I just can't control my feet
I just can't
I just can't
I just can't control my feet
Don't blame it on sunshine
Don't blame it on moonlight
Don't blame it on good times
Blame it on the boogie
Don't blame it on sunshine
Don't blame it on moonlight
Don't blame it on good times
Blame it on the boogie
This magic music grooves me
That dirty rhythm moves me
The devil's gotten to me
Through this dance
I'm full of funky fever
And fire burns inside me
Boogie's got me in a
Super trance
Don't blame it on sunshine
Don't blame it on moonlight
Don't blame it on good times
Blame it on the boogie
Don't blame it on sunshine
Don't blame it on moonlight
Don't blame it on good times
Blame it on the boogie
Owww - sunshine
Whoo - moonlight
Yeah - good times
Mmmm - boogie
You just gotta - sunshine
Yeah - moonlight
Good times
Good times - boogie
Don't you blame it - sunshine
You just gotta - moonlight
You just wanna - goodtimes
Yeah - boogie
Ohh blame it on yourself - sunshine
Ain't nobody's fault - moonlight
But yours and that boogie - goodtimes
On all night long - boogie
Yours and that boogie - sunshine
Ain't nobody's fault - moonlight
But yours and that boogie - goodtimes
Dancin' all night long - boogie
Blame it on yourself - sunshine
Ain't nobody's fault - moonlight
But yours and that funky funky boogie all night long - goodtimes
Animal
quinta-feira, maio 21, 2009
Tem, mas acabou
Descobrir-se adoradora de um autor morto é antever o sofrimento da ausência: exatamente como um náufrago, tem-se que consumir a obra com extrema parcimônia, racionando os livros.
Ninguém - ninguém! - merece
E quando você acha que valeram a pena todos aqueles anos acendendo centenas de velas, queimando dezenas de defumadores importados dos melhores terreiros da Bahia e a fieira de orações desfiadas religiosamente antes de dormir, dá de cara, na sala de espera da psicopedagoga, com aquele casal suuuuuperamigo que manda na lata:
- E aí, como vai o fulano? Dez anos de casada - aí, hein?
- E aí, como vai o fulano? Dez anos de casada - aí, hein?
E não são nem dez da manhã
No dia em que você tem zilhares de coisas para fazer - e que requerem concentração máxima:
Chega a faxineira já contando que a Rosa, minha filha, tá esperando ser chamada para uma vaga de professora em Angra dos Reis mas ela tem certeza que não passou porque a vizinha dela, aquela que quebrou o braço e o médico disse que não ia poder colocar no lugar e ela teve então que vender a máquina de lavar e o fogão para pagar a operação, o que foi uma besteira porque ali no bairro inauguraram um hospital-escola que dá atendimento gratuito para quem precisa de cirurgia, mas é experimental e eu não experimento nada, Deus me livre, porque pra morrer basta estar vivo, é só ver o caso da Clotilde, que mora na esquina, e que o marido foi ser medicado no Souza Aguiar e resolveram que ele tinha uma doença rara e resolveram então operar o coitado que agora nem anda, o que não é de se admirar, porque ahdjdyrlaleirntcsmsflfhdddmfhfas [...];
Um cano no andar de baixo explode e um bando de serventes/pedreiros/porteiros/síndico & ajudantes/curiosos/moradores do andar se junta no seu banheiro para ver o tamanho do lago que estende suas margens até a sala de jant..., quer dizer, o andamento da obra;
Sua filha liga aos prantos (Oi? Morreu alguém?) dizendo que precisa - "AGORAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!" - do biquini para o exame médico (biquini que você mandou que ela pusesse na mochila sábado);
Falta luz;
A CEG começa a metralhar o asfalto na frente do prédio;
Você procura, procura, procura e conclui que seu celular ficou em casa - e você está esperando a ligação que vai ter dar o próximo trabalho.
Você aí - é, você, no cavalo branco. Rola uma carona?
Chega a faxineira já contando que a Rosa, minha filha, tá esperando ser chamada para uma vaga de professora em Angra dos Reis mas ela tem certeza que não passou porque a vizinha dela, aquela que quebrou o braço e o médico disse que não ia poder colocar no lugar e ela teve então que vender a máquina de lavar e o fogão para pagar a operação, o que foi uma besteira porque ali no bairro inauguraram um hospital-escola que dá atendimento gratuito para quem precisa de cirurgia, mas é experimental e eu não experimento nada, Deus me livre, porque pra morrer basta estar vivo, é só ver o caso da Clotilde, que mora na esquina, e que o marido foi ser medicado no Souza Aguiar e resolveram que ele tinha uma doença rara e resolveram então operar o coitado que agora nem anda, o que não é de se admirar, porque ahdjdyrlaleirntcsmsflfhdddmfhfas [...];
Um cano no andar de baixo explode e um bando de serventes/pedreiros/porteiros/síndico & ajudantes/curiosos/moradores do andar se junta no seu banheiro para ver o tamanho do lago que estende suas margens até a sala de jant..., quer dizer, o andamento da obra;
Sua filha liga aos prantos (Oi? Morreu alguém?) dizendo que precisa - "AGORAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!" - do biquini para o exame médico (biquini que você mandou que ela pusesse na mochila sábado);
Falta luz;
A CEG começa a metralhar o asfalto na frente do prédio;
Você procura, procura, procura e conclui que seu celular ficou em casa - e você está esperando a ligação que vai ter dar o próximo trabalho.
Você aí - é, você, no cavalo branco. Rola uma carona?
terça-feira, maio 19, 2009
Hora do recreio
Então eu entreguei o último trabalho e não recebi nada novo pra fazer. Zero.
E, como eu escrevi para um amigo, este poço de culpa e penitência que vos fala fica assim de não ter nada pra fazer (aka dois cestos de roupa para passar, o terraço dos cachorros cheio de cocô de cachorro pra limpar, a faxina da semana de stand by - mas quem está contando?).
Então. Depois de navegar por aí desde as 8h, acho que vou pra casa dormir.
E, como eu escrevi para um amigo, este poço de culpa e penitência que vos fala fica assim de não ter nada pra fazer (aka dois cestos de roupa para passar, o terraço dos cachorros cheio de cocô de cachorro pra limpar, a faxina da semana de stand by - mas quem está contando?).
Então. Depois de navegar por aí desde as 8h, acho que vou pra casa dormir.
segunda-feira, maio 18, 2009
Lagriminhas
Uma (?) dry wall me separa de uma exposição de camisas de times de futebol autografadas. A mim não adianta em nada, odeio futebol, mas custava não atrapalhar a minha vida?
Não podiam ficar em silêncio? Não são tão bonitos e harmoniosos os sons da natureza? O vento ventando e os passarinhos gritando bem te viii lá de longe? Tem mesmo que ter esse rádio tocando 90 milhões em ação pra frente brasil salve a seleção no repeat?
- Tem história familiar de câncer?
- Sim, minha mãe faleceu de câncer de mama há 3 meses.
É nessa hora que entra Ricky Martin:
GO GO GO!
ALLEZ ALLEZ ALLEZ!
Acho adequado & importante.
Aí tem a dos 90 milhões, tem Ricky Martin e tem garota dourada quero ser teu irmão eu sou teu irmão namorado. Que, né, além de ter tudo a ver com o ludopédio, é uma música extremamente agradável pra se ouvir durante nove horas consecutivas.
......
Quem mandou fazer assinatura de revista da editora Abril? Agora aguenta, nêga. Isso e a galera ligando o sábado inteiro, desde as nove da manhã, e você evitando atender o telefone porque né, em algum dia da semana você precisa dormir, até que lá pelas três da tarde, depois de ligações horárias, você começa a achar que alguém morreu e atende a porra do telefone e é uma mulher te avisando que você tem sei lá quantos dinheiros de desconto na assinatura da Veja.
Da Veja!
- Moça, eu odeio a Veja.
- Perdão, senhora?
- A Veja é um lixo atômico, moça.
- Hmmm. Obrigada, senhora. Desculpe o incômodo.
- Agora já acordei, né? Agora Inês é morta, né?
Tsc.
......
Avisando que vai começar de novo...
A nova temporada de Eu Odeio Muito A Porra Do Meu Trabalho.
Vê.
O telefone de emergência toca. O telefone da emergência é um telefone vermelho. Que pisca quando ligam pra ele. E tem a campainha mais estridente de todos os telefones que já ouvi tocar. A fiRRRma inteira ouve o telefone de emergência quando ele toca. Porque todo mundo precisa parar o que está fazendo e atender à emergência. Se alguém liga pro telefone da emergência, afinal de contas, é porque está efetivamente acontecendo uma emergência. Eu interrompo o atendimento que tava fazendo e já corro pra pegar a mochila dos primeiros socorros.
- Dotôra Cristiane, prossiga.
- Ah! Oi, dotôra!
- Qual é a emergência?
- É que eu queria marcar uma consulta com a Dermatologista, mas o outro ramal tava ocupado.
- Senhor, esse telefone é para emergências somente. Por favor, só ligue neste ramal se estiver acontecendo uma emergência. Peço que o senhor continue tentando no outro ramal, tenha um bom dia.
Meia hora depois chega e-mail da ouvidoria: "Colaborador Fulano de Tal relata que ligou para marcar consulta no ambulatório, foi tratado mal e a médica Cristiane desligou o telefone na cara dele."
E eu achando que estava sendo excessivamente educada, hein? Porque a minha vontade genuína era de dizer ORA VÁ TOMAR NO MEIO DO SEU CU, MEU SENHOR! EMERGÊNCIA, CARALHO! ONDE É QUE MARCAR CONSULTA COM DERMATOLOGISTA É EMERGÊNCIA, PORRA? VAI SE FODER!, mas como isso já aconteceu umas 26 vezes desde que resolveram instalar o maldito telefone de emergência (há um mês), eu tenho já essa resposta pronta.
Já sei que jamais posso ser telefonista do SAMU. Risquei essa possibilidade da minha lista de possíveis ocupações se tudo mais falhar.
Meu chefe não acredita no que eu digo e fala que preciso ter mais tato com as pessoas. Que continuo falhando na parte de promover o encantamento.
Meu mantra pacificador: no cu no cu no cu no cu no cu no cu no cu (repete até parar de ter vontade de matar alguém, às vezes leva uns 10 minutos).
Obviamente ouço tudo calada (posto que não há argumentação possível, já entendi depois de frustradas tentativas) e sigo com a minha vida.
Dali a umas duas horas o telefone de emergência toca de novo. Digo que não vou atender, porque aquela lá já foi minha segunda ouvidoria do dia e strike three i'm out. Atende a enfermeira. O relato: funcionária passando mal no setor blublublei. Está consciente? Mais ou menos. Mais ou menos como? Ela disse que tá passando mal, tá com dor no peito, não consegue respirar. Ela está se comunicando, então? Sim, com muita dificuldade.
Ambulância, então. Eu, a enfermeira e o motorista. Tocando aquela sirene alucinada pra todo mundo sair de seus setores e ir ver quem tá morrendo. Você sabe. Pessoal adora uma sirene, pessoal não se contém. A ambulância chega perto do local previamente indicado e eu avisto três pessoas em pé e uma cadeira de rodas vazia. Desço da ambulância com a mochila dos primeiros socorros, que pesa ali na base duns 290 quilos.
- Onde tá Fulana? A pessoa que tá passando mal?
- Ah, sou eu. - Me diz uma moça com um sorriso no rosto - Já melhorei, foi só uma tontura.
RAPAPUTAQUEAPARIU, minha senhora.
Joguei a mochila no chão, me ajoelhei na brita e gritei aos céus
POR QUE, MEUDEUS, POR QUÊÊÊÊÊÊ?
Não, né. Só joguei a mochila no chão. E quebrei bem umas 6 ampolas de adrenalina. Voltei pra avisar logo ao meu chefe com antecedência que provavelmente ia receber outro e-mail da ouvidoria. E dizer que eu não vou trabalhar na terça, porque tenho uma entrevista de emprego.
Num dei na minha mãe não, oxe. A ouvidoria can kiss my fat ass for all I care.
(outras emergências da semana que a ambulância teve que ir buscar: cólica menstrual, ressaca, piti, dor de cabeça e o quê? o quê? o quê? I CAN'T HEAR YOU! ãrram, ãrram, febre interna.)
Cristiane. Ela é muito desbocada. Fala (e escreve, né) uma montanha de palavrão. E eu tô aqui passando mal de tanto rir.
Ah! Ela pediu demissão. E o chefe dela teve um ataque cardíaco quase na lata. Cristiane. Não esquece.
Não podiam ficar em silêncio? Não são tão bonitos e harmoniosos os sons da natureza? O vento ventando e os passarinhos gritando bem te viii lá de longe? Tem mesmo que ter esse rádio tocando 90 milhões em ação pra frente brasil salve a seleção no repeat?
- Tem história familiar de câncer?
- Sim, minha mãe faleceu de câncer de mama há 3 meses.
É nessa hora que entra Ricky Martin:
GO GO GO!
ALLEZ ALLEZ ALLEZ!
Acho adequado & importante.
Aí tem a dos 90 milhões, tem Ricky Martin e tem garota dourada quero ser teu irmão eu sou teu irmão namorado. Que, né, além de ter tudo a ver com o ludopédio, é uma música extremamente agradável pra se ouvir durante nove horas consecutivas.
......
Quem mandou fazer assinatura de revista da editora Abril? Agora aguenta, nêga. Isso e a galera ligando o sábado inteiro, desde as nove da manhã, e você evitando atender o telefone porque né, em algum dia da semana você precisa dormir, até que lá pelas três da tarde, depois de ligações horárias, você começa a achar que alguém morreu e atende a porra do telefone e é uma mulher te avisando que você tem sei lá quantos dinheiros de desconto na assinatura da Veja.
Da Veja!
- Moça, eu odeio a Veja.
- Perdão, senhora?
- A Veja é um lixo atômico, moça.
- Hmmm. Obrigada, senhora. Desculpe o incômodo.
- Agora já acordei, né? Agora Inês é morta, né?
Tsc.
......
Avisando que vai começar de novo...
A nova temporada de Eu Odeio Muito A Porra Do Meu Trabalho.
Vê.
O telefone de emergência toca. O telefone da emergência é um telefone vermelho. Que pisca quando ligam pra ele. E tem a campainha mais estridente de todos os telefones que já ouvi tocar. A fiRRRma inteira ouve o telefone de emergência quando ele toca. Porque todo mundo precisa parar o que está fazendo e atender à emergência. Se alguém liga pro telefone da emergência, afinal de contas, é porque está efetivamente acontecendo uma emergência. Eu interrompo o atendimento que tava fazendo e já corro pra pegar a mochila dos primeiros socorros.
- Dotôra Cristiane, prossiga.
- Ah! Oi, dotôra!
- Qual é a emergência?
- É que eu queria marcar uma consulta com a Dermatologista, mas o outro ramal tava ocupado.
- Senhor, esse telefone é para emergências somente. Por favor, só ligue neste ramal se estiver acontecendo uma emergência. Peço que o senhor continue tentando no outro ramal, tenha um bom dia.
Meia hora depois chega e-mail da ouvidoria: "Colaborador Fulano de Tal relata que ligou para marcar consulta no ambulatório, foi tratado mal e a médica Cristiane desligou o telefone na cara dele."
E eu achando que estava sendo excessivamente educada, hein? Porque a minha vontade genuína era de dizer ORA VÁ TOMAR NO MEIO DO SEU CU, MEU SENHOR! EMERGÊNCIA, CARALHO! ONDE É QUE MARCAR CONSULTA COM DERMATOLOGISTA É EMERGÊNCIA, PORRA? VAI SE FODER!, mas como isso já aconteceu umas 26 vezes desde que resolveram instalar o maldito telefone de emergência (há um mês), eu tenho já essa resposta pronta.
Já sei que jamais posso ser telefonista do SAMU. Risquei essa possibilidade da minha lista de possíveis ocupações se tudo mais falhar.
Meu chefe não acredita no que eu digo e fala que preciso ter mais tato com as pessoas. Que continuo falhando na parte de promover o encantamento.
Meu mantra pacificador: no cu no cu no cu no cu no cu no cu no cu (repete até parar de ter vontade de matar alguém, às vezes leva uns 10 minutos).
Obviamente ouço tudo calada (posto que não há argumentação possível, já entendi depois de frustradas tentativas) e sigo com a minha vida.
Dali a umas duas horas o telefone de emergência toca de novo. Digo que não vou atender, porque aquela lá já foi minha segunda ouvidoria do dia e strike three i'm out. Atende a enfermeira. O relato: funcionária passando mal no setor blublublei. Está consciente? Mais ou menos. Mais ou menos como? Ela disse que tá passando mal, tá com dor no peito, não consegue respirar. Ela está se comunicando, então? Sim, com muita dificuldade.
Ambulância, então. Eu, a enfermeira e o motorista. Tocando aquela sirene alucinada pra todo mundo sair de seus setores e ir ver quem tá morrendo. Você sabe. Pessoal adora uma sirene, pessoal não se contém. A ambulância chega perto do local previamente indicado e eu avisto três pessoas em pé e uma cadeira de rodas vazia. Desço da ambulância com a mochila dos primeiros socorros, que pesa ali na base duns 290 quilos.
- Onde tá Fulana? A pessoa que tá passando mal?
- Ah, sou eu. - Me diz uma moça com um sorriso no rosto - Já melhorei, foi só uma tontura.
RAPAPUTAQUEAPARIU, minha senhora.
Joguei a mochila no chão, me ajoelhei na brita e gritei aos céus
POR QUE, MEUDEUS, POR QUÊÊÊÊÊÊ?
Não, né. Só joguei a mochila no chão. E quebrei bem umas 6 ampolas de adrenalina. Voltei pra avisar logo ao meu chefe com antecedência que provavelmente ia receber outro e-mail da ouvidoria. E dizer que eu não vou trabalhar na terça, porque tenho uma entrevista de emprego.
Num dei na minha mãe não, oxe. A ouvidoria can kiss my fat ass for all I care.
(outras emergências da semana que a ambulância teve que ir buscar: cólica menstrual, ressaca, piti, dor de cabeça e o quê? o quê? o quê? I CAN'T HEAR YOU! ãrram, ãrram, febre interna.)
Cristiane. Ela é muito desbocada. Fala (e escreve, né) uma montanha de palavrão. E eu tô aqui passando mal de tanto rir.
Ah! Ela pediu demissão. E o chefe dela teve um ataque cardíaco quase na lata. Cristiane. Não esquece.
quinta-feira, maio 14, 2009
...
E aí eu ouvi, sem rodeios: "Vamos sair?" E eu desconversei, e disse um "Vamos" beeem vago. Não estou a fim. Porque há tempos eu me acho um fracasso. Uma enganação. E enganações não precisam (pra quê?) nem fazer as sobrancelhas. Pintar as unhas? Botar as lentes? Nada. A roupa que me faz parecer minha mãe tá mais do que bom. Jogo a mancheias vidros de esmalte no lixo - todos já vencidos. Batons envelhecem em massas malcheirosas ainda com o lacre.
Pra que sair? E ainda o medo. De o cara ser uma maravilha mas terminar como meu ex-marido, a achar-se no direito de dar tapinha de amor que dói. Ou maltratar as meninas. Outra montanha-russa emocional. Outra longa fase de recuperação. Começar tudo de novo.
Escolher, batalhar, investir, chorar cansa.
E eu ando muito, muito cansada. E, sinceramente, morta de medo de viver.
Um dos amigos a quem mandei mensagem esses dias - foram cinco pessoas, que sempre me davam um ângulo novo a cada rasteira que eu levava da vida - me escreveu anos atrás (é, já são anos):
"A tela da mensagem em branco e eu olhando e pensando: o que eu poderia escrever para alegrar uma amiga triste? Os elogios já estão repetitivos. Ela nem mais os comenta. Procuro a foto para inspirar-me. Lá está o sorriso, mas onde encontrá-lo? Não ter controle da situação é ruim, vira-se um mero espectador. Nem sei qual assunto a deixaria alegre. Difícil, encontro-me numa sinuca de bico e a chance de matar a bola sete depende do acerto das três tabelas.
Acho que vou tirar a roupa e pular pelado na varanda."
Rapaz, como eu sinto falta desse povo.
Pra que sair? E ainda o medo. De o cara ser uma maravilha mas terminar como meu ex-marido, a achar-se no direito de dar tapinha de amor que dói. Ou maltratar as meninas. Outra montanha-russa emocional. Outra longa fase de recuperação. Começar tudo de novo.
Escolher, batalhar, investir, chorar cansa.
E eu ando muito, muito cansada. E, sinceramente, morta de medo de viver.
Um dos amigos a quem mandei mensagem esses dias - foram cinco pessoas, que sempre me davam um ângulo novo a cada rasteira que eu levava da vida - me escreveu anos atrás (é, já são anos):
"A tela da mensagem em branco e eu olhando e pensando: o que eu poderia escrever para alegrar uma amiga triste? Os elogios já estão repetitivos. Ela nem mais os comenta. Procuro a foto para inspirar-me. Lá está o sorriso, mas onde encontrá-lo? Não ter controle da situação é ruim, vira-se um mero espectador. Nem sei qual assunto a deixaria alegre. Difícil, encontro-me numa sinuca de bico e a chance de matar a bola sete depende do acerto das três tabelas.
Acho que vou tirar a roupa e pular pelado na varanda."
Rapaz, como eu sinto falta desse povo.
quarta-feira, maio 13, 2009
Agora fud...
Jesus, alguém do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal veio aqui. Ficou mais de 20 minutos passeando, navegando, olhando... auditando? Pra que que eu fui falar da minha restituição?
Pra quê?
Lascou-se.
Pra quê?
Lascou-se.
Paraíso a padecer
Eu estou querendo muito um emprego em particular. A vaga está aberta. E eu estou naquela de insiste/não insiste. E, ontem, pensando nisso, me toquei de uma coisa que vem acontecendo ultimamente.
Eu, aos 42 anos, três idiomas e duas faculdades, procuro emprego para não ter que passar mais pelas agruras da vida de autônoma – opção que escolhi para acompanhar minhas filhas na primeira década de vida de ambas. Sou chamada, o currículo analisado, muitos elogios, quase tudo acertado. E então começa:
- Você tem filhos?
- Sim, tenho duas meninas, de 8 e 10 anos.
- São pequenas… Seu marido dá suporte a você? (Oi, como assim? Marido? O que marido tem a ver com minha competência em realizar o trabalho? Bolas, eu já MONTEI sozinha, por contrato, uma editora do nada!)
- Eu sou divorciada.
- Ah, mas… você tem uma retaguarda, não?
- Quando preciso, sim.
Neste instante sou automaticamente desqualificada. Meu currículo é fantástico, minha dicção perfeita, mas… eu tenho filhos. O cara que está competindo comigo também tem, mas há uma mãe para se preocupar com eles. Para lidar com o problema.
Uma discussão muito legal - onde eu postei algo parecido a isso nos comentários - está rolando no blog da Marjorie. Dá um pulinho lá.
Eu, aos 42 anos, três idiomas e duas faculdades, procuro emprego para não ter que passar mais pelas agruras da vida de autônoma – opção que escolhi para acompanhar minhas filhas na primeira década de vida de ambas. Sou chamada, o currículo analisado, muitos elogios, quase tudo acertado. E então começa:
- Você tem filhos?
- Sim, tenho duas meninas, de 8 e 10 anos.
- São pequenas… Seu marido dá suporte a você? (Oi, como assim? Marido? O que marido tem a ver com minha competência em realizar o trabalho? Bolas, eu já MONTEI sozinha, por contrato, uma editora do nada!)
- Eu sou divorciada.
- Ah, mas… você tem uma retaguarda, não?
- Quando preciso, sim.
Neste instante sou automaticamente desqualificada. Meu currículo é fantástico, minha dicção perfeita, mas… eu tenho filhos. O cara que está competindo comigo também tem, mas há uma mãe para se preocupar com eles. Para lidar com o problema.
Uma discussão muito legal - onde eu postei algo parecido a isso nos comentários - está rolando no blog da Marjorie. Dá um pulinho lá.
Drop everything
Eu preciso urgentemente de um médico e só ontem me toquei. Eu dormi assistindo "24". Dormi. Eu já estava desconfiando que alguma coisa estava muito, mas muito errada, porque eu via os episódios e achava um saco. Um tédio. Mas, sério, ontem eu DORMI. E acordei, e levantei, e desliguei a TV e voltei pra cama. Ainda tinha uns bons 20 minutos de filme. E eu DESLIGUEI A TV.
Meu Deus. Tô com medo. Muito medo.
...
Eu sou chata. E insistente. Quem cai na minha minha vida não é facilmente esquecido (tem que merecer, também). Algumas pessoas vêm e vão. E eu esqueço delas um tempo. Até porque eu tenho simancol e eu posso ter feito algo (mesmo involuntariamente) que tenha provocado o afastamento. Aí eu espero. E espero.
Se você está nessa categoria, não se preocupe. Eu funciono que nem telemarketing: insisto a cada sete meses. Dá uma olhada no calendário pra você ver. E me responda - nem que seja pra dizer que foi por aí e não quer mais nada com esta aqui.
Se você está nessa categoria, não se preocupe. Eu funciono que nem telemarketing: insisto a cada sete meses. Dá uma olhada no calendário pra você ver. E me responda - nem que seja pra dizer que foi por aí e não quer mais nada com esta aqui.
terça-feira, maio 12, 2009
Bobaginhas
Quando aquele seu amigo - com quem você conversa esporadicamente - volta depois de uma viagem de dez dias para a Europa e te diz: "Acabei de chegar. Você é a primeira pessoa pra quem eu ligo, depois dos meus pais"...
Bom. A gente ganha o dia, né?
Digrátis. E com direito a brinde.
Eu me contento com pouco - mas esses "poucos" me fazem muito feliz.
Bom. A gente ganha o dia, né?
Digrátis. E com direito a brinde.
Eu me contento com pouco - mas esses "poucos" me fazem muito feliz.
sexta-feira, maio 08, 2009
Padecer no...
- Irc! Isso tá fedendo! Cheira aqui, mãe!
- Não, obrigada.
- Mas você tem que CHEIRAR pra me dizer que está fedendo mesmo!
- Hum, mãe... Acho que isso aqui tá podre. Prova.
- Como é que é?
- É, prova. Tá podre.
- Se está podre por que eu tenho que comer?
- Porque você é a mãe, ué.
- Não, obrigada.
- Mas você tem que CHEIRAR pra me dizer que está fedendo mesmo!
- Hum, mãe... Acho que isso aqui tá podre. Prova.
- Como é que é?
- É, prova. Tá podre.
- Se está podre por que eu tenho que comer?
- Porque você é a mãe, ué.
terça-feira, maio 05, 2009
Mentes perigosas
Neste feriado viajei para a casa dos meus pais. Na mala só roupas para as meninas, porque eu tenho um verdadeiro enxoval em Friburgo. Roupas que desbotavam, ou furavam e tornavam-se inadequadas para usar no trabalho (hoje eu me acho andando entre os pés de alface e os abacateiros vestida de short jeans cortado de calças Calvin Klein e camisetas GAP. Pois é, meus trapos são mais chiques que minhas roupas).
Então. Achei perdida numa gaveta uma camisa de um ex-namorado. E, na secura que me é peculiar nesses últimos tempos, apertei-a nos braços e soltei um suspirinho. À noite, como não poderia deixar de ser, sonhei com a criatura. E rapaz, lembrei dele. Ele no sonho era igualzinho ao da vida real. Um CHATO. Uma MALA choramingas.
Quando eu era pequena, adorava chupar limão. Quando adolescente, achava o Homem de Seis Milhões de Dólares o que há. Jovem, me apaixonei por esse bebezão.
A gente gosta de cada coisa nessa vida, né não?
Então. Achei perdida numa gaveta uma camisa de um ex-namorado. E, na secura que me é peculiar nesses últimos tempos, apertei-a nos braços e soltei um suspirinho. À noite, como não poderia deixar de ser, sonhei com a criatura. E rapaz, lembrei dele. Ele no sonho era igualzinho ao da vida real. Um CHATO. Uma MALA choramingas.
Quando eu era pequena, adorava chupar limão. Quando adolescente, achava o Homem de Seis Milhões de Dólares o que há. Jovem, me apaixonei por esse bebezão.
A gente gosta de cada coisa nessa vida, né não?
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