quinta-feira, maio 21, 2009

E não são nem dez da manhã

No dia em que você tem zilhares de coisas para fazer - e que requerem concentração máxima:

Chega a faxineira já contando que a Rosa, minha filha, tá esperando ser chamada para uma vaga de professora em Angra dos Reis mas ela tem certeza que não passou porque a vizinha dela, aquela que quebrou o braço e o médico disse que não ia poder colocar no lugar e ela teve então que vender a máquina de lavar e o fogão para pagar a operação, o que foi uma besteira porque ali no bairro inauguraram um hospital-escola que dá atendimento gratuito para quem precisa de cirurgia, mas é experimental e eu não experimento nada, Deus me livre, porque pra morrer basta estar vivo, é só ver o caso da Clotilde, que mora na esquina, e que o marido foi ser medicado no Souza Aguiar e resolveram que ele tinha uma doença rara e resolveram então operar o coitado que agora nem anda, o que não é de se admirar, porque ahdjdyrlaleirntcsmsflfhdddmfhfas [...];

Um cano no andar de baixo explode e um bando de serventes/pedreiros/porteiros/síndico & ajudantes/curiosos/moradores do andar se junta no seu banheiro para ver o tamanho do lago que estende suas margens até a sala de jant..., quer dizer, o andamento da obra;

Sua filha liga aos prantos (Oi? Morreu alguém?) dizendo que precisa - "AGORAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!" - do biquini para o exame médico (biquini que você mandou que ela pusesse na mochila sábado);

Falta luz;

A CEG começa a metralhar o asfalto na frente do prédio;

Você procura, procura, procura e conclui que seu celular ficou em casa - e você está esperando a ligação que vai ter dar o próximo trabalho.

Você aí - é, você, no cavalo branco. Rola uma carona?

2 comentários:

Lulu disse...

por que as empregadas são assim, ó ceus, por quê?

(obra de condomínio é sempre um saco. e geralmente fica mal feita....)

quanto aos filhos, não sei dizer por enquanto ;)

bjus

Adrina disse...

A minha quinta-feira foi do cão, também, se é que serve de consolo.