- Oi, é a Fulana.
- Diga.
- Ah, é que o texto que você mandou revisado... Você cortou algumas coisas, não é?
- Cortei, sim. O texto tem que ser informativo e jornalístico. Ele vai para a imprensa, que não quer saber que os quartos dos hotéis foram "suntuosamente reformados para oferecer aos hóspedes um período relaxante e prazeiroso durante sua estada na Cidade Maravilhosa, mantendo sempre abertas vias de acesso fáceis para os principais pontos turísticos do Rio de Janeiro."
- Mas era o texto aprovado. Agora o gerente vai ser obrigado a ler tudo de novo porque você modificou.
- Eu não modifiquei, eu cortei. O que sobrou já está aprovado.
- Sim, mas eles agora vão ter que ler tudo e aí vai demorar! Você não deveria ter cortado! Era só pra você REVISAR o português, não CORTAR!
Então é assim: você tem que fazer o trabalho pra ontem e ainda precisa aceitar que passem coisas do tipo "As instituições credenciadas para os profissionais de imprensa são diferentes das instituições indicadas para os profissionais de imprensa porque as instituições credenciadas para os profissionais de imprensa mantêm pontos de ônibus oficiais para os centros de convenções e as instituições indicadas para os profissionais de imprensa não mantêm pontos de ônibus oficiais para os centros de convenções."
Isso em três idiomas (tudo traduzido ao pé da letra), para órgãos de imprensa de 22 países, incluindo Estados Unidos e Canadá.
Entendeu?
sexta-feira, dezembro 15, 2006
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5 comentários:
é dose, viu. (minha cabeça tá doendo, imagino a tua...)
bjs
ah, e outra coisa: a cavalgadura aí queria que você revisasse o texto e não modificasse nada? então não precisa nem de revisor né? embrulhava e mandava. ai, ai meus sais...
Putz, eh dose... pra que melhorar se pode ficar mediocre mesmo? Se eh para ficar "do jeito que o gerente aprovou" nem precisava de revisao! Agruras da nossa profissao! bjs
Coisa horrorosa! Só cortando mesmo!
que saco, né. Minha amiga C tb sofre com esse tipo de trabalho!
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