sexta-feira, dezembro 29, 2006
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É como um formigamento que sobe por baixo da pele, e aí começo a sonhar com coisas estranhas, pessoas que jamais encontrei e que, subitamente, durante a noite, tornam-se tão importantes que, quando eu acordo, sinto uma falta enorme, uma saudade completamente inexplicável.
Nessa época, eu evito dormir. Me remexo na cama, chuto os lençóis, tento ler, ouço música, me deito na rede, fico horas na banheira, lembro muito, lamento bastante.
Queria que, um dia, isso não mais acontecesse. Que alguém fizesse com que isso não mais acontecesse. Que isso não fosse mais necessário acontecer.
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