Sábado, depois de dançar, rodopiar, comer e trocar de roupa, Zé Colméia pediu fichas para ir na pescaria - que, toda mãe sabe, é onde conseguimos as prendas que mandamos para o colégio no ano seguinte (com sorte, você consegue uma quinquilharia vintage de uma década :o). Dei as fichas, mas fiquei de butuca para que ela, no meio de tanta porcaria, escolhesse entre os brindes algo usável.
Lá pelas tantas, ela pegou um quebra-cabeças que de tão vagabundo não monta nem por bula papal.
"Esse não, filha, troca por aquela faixinha pro cabelo!"
"Ah, não, mãe! Não quero!"
[E eu insistindo]: "Então aquele jogo de varetas!"
"Ah, não, mãe, não quero!"
"Olha, você não quer aquele caderninho?"
"Caderninho" é uma palavra mágica para ela - o universo onde ela muda tudo com um lápis. No outro peixe fisgado, ela pegou outra caderneta (eram caderninhos de telefone) de outra cor.
E assim ela passou o domingo preenchendo o dito. "Qual o telefone da vovó?", "Qual o telefone da Tia L.?", "Qual o seu telefone?", "E o telefone da Tia S.?", "Qual que é o telefone da A.?", e assim por diante.
Só hoje, ela já me ligou três vezes - sempre para o celular.
Eu e minha boca ennnooorrrrrrmeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!
segunda-feira, julho 17, 2006
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