Madalena canta Babalu em ritmo de frevo na minha cabeça; as duas cadelas estão no cio e nem cogitam a hipótese de dar pro macho, que desde quinta uiva dia e noite sem parar. Zé Colméia e Catatau não páram um minuto sequer, o que me leva às raias da irritação e do stress.
Quebrei uma garrafa e depois de ter rastejado a cozinha inteira para me certificar que não havia mais vidro no chão, me levantei, me virei e fiz um talho de três centímetros no calcanhar. Obviamente, a dor se juntou à sujeira de sangue respingando para todo lado enquanto eu tentava passar entre a multidão de duas aos gritos de "olha lá, olha lá, a mamãe tá fazendo sangue!!! Tá pingando, tá pingando!!! Ai, vou vomitar..."
Apesar disso tudo, li de uma enfiada só "A vida de Pi", do Yann Martel.
Dividir um bote salva-vidas com um tigre de 200 quilos?
Moleza. Pelo menos, alimentado, ele cala a boca e sossega.
sábado, fevereiro 19, 2005
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