[...] Se aparecerei ou não novamente nas páginas da revista enquanto você estiver por aí, não me preocupa. O que PREOCUPA é que, com tantos jornalistas brilhantes como há no Brasil, foi a você que "Veja" escolheu para ser "editor de internacional".
Jon Lee Anderson
Eu já fui repórter; sofri a ditadura da chamada "reco" (apelido carinhoso para "reportagem recomendada"); como assessora de imprensa me vi diversas vezes frente ao muro onde se lê "temos um milhão e meio de assinantes". Por isso, confesso que senti um certo júbilo brioso ao ler o post do Alexandre Maron sobre a capa (e matéria) polêmica sobre Che Guevara na "Veja", de quase 15 dias atrás:
"A revista publicou uma capa algumas semanas atrás tão alucinada e histérica que até eu que nunca fui fã de Che Guevara fiquei chocado. Aliás, a Veja simplesmente tomou por hábito chamar as pessoas de fedorentas e sujismundas, como se esse tipo de qualificação fosse discussão para a maior revista semanal do Brasil. O título da "reportagem" (assim, com aspas) é “Há quarenta anos morria o homem e nascia a farsa”. Aproveite para ver uma reportagem da mesma "Veja" feita dez anos atrás [grifo meu: assinada pela Dorrit Harazim. O nome da Repórter (com "R" maiúsculo) fala por si. Pra quem não sabe, Dorrit é - ou era - mulher do Elio Gaspari.]. Diz muito a respeito do que a revista se tornou.
Começa quando Pedro Doria mostra a carta de Lee Anderson para Diogo Schelp, da Veja.
Em seguida, surgem a resposta de Schelp e os gritos histéricos de Reinaldo Azevedo.
Logo surge a tréplica de Lee Anderson, demolidora.
O comentário de Doria, logo em seguida, é irretocável."
Larga de preguiça, pára de ler blog de fofoca e confere os links; é melhor do que as picuinhas do falecido PapelPobre :o)
* Pois é; um dos melhores jornalistas do mundo, autor da biografia do Che ("Che - Uma biografia" eu já li e é fantástica) e do livro "A queda de Bagdá", também imperdível, e repórter da "The New Yorker" nunca mais - nunca mais! - aparecerá na "Veja". Será que ele tá dormindo depois dessa? Comendo? Respirando? Coitado; jamais terá a oportunidade de abrilhantar seu currículo com uma participação nas páginas da revista que tem "um milhão e meio de assinantes". So...?
Um comentário:
Eu li. Sensacional.
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