Ser mãe é:
Fingir que está dormindo porque não está a fim de levantar e brincar de "Barbie vai às compras com Polly";
Deixar para jantar depois que os filhos dormem, pra não ter que ouvir "Você vai comer isso tudo - e não vai deixar nada pra gente?" (mesmo que seja aquele miojex básico, frio, de dois dias de geladeira);
Comer (escondido, óbvio) o restinho do ovo de chocolate de uma. E descobrir que a proprietária vai armar um escarcéu. Então tirar um pedaço mais ou menos do mesmo tamanho de outro ovo aberto e botar lá, em substituição. E fazer cara de paisagem quando a filha disser "Olha, esse pedaço não tem cocrante. Que esquisito!"
No caos-de-cada-dia, esquecer que enfurnou a faixa do quimono numa gaveta do armário (para não perdê-la no caos-do-dia-a-dia, veja só). E botar todo mundo pra procurar. E se irritar, descabelar-se, e achar a faixa, e morrer de vergonha do esquecimento - e acenar com a cabeça (humilhação suprema) quando a filha diz "Também a fulana enfurna tudo, né mãe", fazendo uma anotação mental de pedir perdão à empregada;
Enfiar o nariz naquele pescoço cheirando a suor e brincadeira quando o mundo lá fora parece muito, muito cruel.
Estou feliz, Angélica. Nenhuma criança mereceria uma mãe melhor do que você para acompanhá-la nesse mundo.
quinta-feira, abril 29, 2010
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3 comentários:
Suzana, quero agradecer o comentario que vc me deixou! Brigada pela diga, pq olha soh: Comprei 10 livros de gramatica, do ingles basico ao avancado, e ate tentei me afastar das rodinhas espanas e falar com minha irman em portugues. Os livros ate que estou usando mas limitar conversa nao esta funcionando. Vou apelar pra terapia de blog mesmo.
Um beijo!
É por essa rotina tão maravilhosamente complicada que um, dia eu ainda vou querer ser mãe.
As crianças deveriam ser mais indulgentes com os adultos. Torço muito para ter a sorte de um dia ter um filho pelo menos um pouco compreensivo. Mas duvido muito.
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