sexta-feira, abril 02, 2010

Bem lá no fundo

Eu sempre tive a mania de ligar o que sinto e penso com imagens. Aquele pensamento limítrofe de ter que pedir ajuda ao figurativo para interpretar o sentimento, o pensamento.

Há uma semana estava assistindo TV quando senti uma saudade doída e doida de alguém. Por muitos motivos (reais e imaginários) esse alguém cortou relações comigo, mas não me fez esquecer tudo de bom que eu dei e recebi. Então, na impossibilidade de ligar, mandei uma mensagem.

Ao apertar o send do celular me veio à cabeça que minha mensagem era uma pedra, que eu acabara de jogar no fundo de um poço, condenando a pobrezinha à solidão, ao escuro e ao frio. Porque, veja bem, eu sabia que aquela mensagem não voltaria.
Caiu no fundo do poço e lá vai permanecer.

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