Em dias em que me bate aquela depressão profunda plus uma paralisia revoltante (mil reais a menos no seu orçamento e aquelas sutis ameaças de "evite o cancelamento do serviço/abastecimento realizando o quanto antes o pagamento da sua conta" fazem isso com você maravilhosamente bem) eu me deito no sofá do quarto, fecho os olhos e penso naquela sensação única que eu, um dia, já experimentei:
Comer melão ou melancia absurdamente gelados num dia de calor infernal;
Deslizar a mão num braço de homem, por baixo e por cima da manga da camisa;
Sentir a brisa de um fim de tarde depois de tomar banho, vinda da praia;
Deitar-se finalmente depois de um dia extremamente cansativo, o escuro caindo sobre o corpo como um lençol geladinho;
Abrir os olhos na rede e ver um passarinho pousado ali pertinho, examinando você atentamente;
Sentir cheiro de jarmim dançando embaixo do seu nariz, vindo do nada;
A sensação de acordar com alguém acariciando seus cabelos;
Abraçar alguém, pele contra pele, naquela hora em que se tem absoluta certeza que o mundo lá fora acabou-se e não há mais nada a fazer.
sexta-feira, março 20, 2009
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