Você deseja do fundo de sua alminha que alguém, em algum lugar, faleça em dor lenta e muito sofrimento quando:
* Tosta o dorso da mão no forno e, enquanto sente uma gigabolha se formar, encontra no armário do banheiro a caixa do remédio contra queimaduras. Vazia.
* Prepara tudo para assistir ao último capítulo da última temporada da série que você jamais perdeu nenhum episódio - e falta luz nos 15 minutos finais.
* Enrola, enrola, enrola pra tomar banho e lavar o cabelo porque está um frio desgraçado - e falta luz nos primeiros 15 segundos de chuveiro, e o cabelo imundo já tá encharcado, metade cheio de xampu.
* Chega em casa morta de fome, sonhando com aquelas duas últimas fatias de rosbife que você escondeu láááá no fundo da geladeira - mas alguém foi mais esperto que você.
* Faz compra do mês e, na hora de pagar, descobre que seu cartão de débito ficou na outra bolsa. E você tem exatos R$ 0,74. E não pode tirar dinheiro porque os bancos já fecharam.
* Depois de uma viagem de quatro dias de carro, vomitando o cérebro, a barriga de 17 meses de gravidez pesando um absurdo, descobre que a passadeira comeu a única coisa que faz passar seu enjôo - os caquis maravilhosamente maduros que sua mãe colhera nos estertores da estação e tinha deixado na sua casa. E a &%$@#*&+%$ ainda te diz depois: "Ai, que caquis maravilhosos! É por isso que fazem passar o seu enjôo! Cortei tudinho, botei numa bacia e fui comendo e passando a roupa, comendo e passando a roupa..."
* Começa a fazer o bolo, todos os ingredientes na mesa, e se dá conta que a caixa de ovos não está tão cheia assim - sua empregada comeu todos de uma vez. E deixou só um. E o bolo leva dois. E você já misturou toda a massa. E é domingo à noite. E seu vizinho não está em casa. O que não faz diferença, porque ele não gosta de ovo.
* Você trabalhou quatro dias seguidos, madrugada adentro. Às quatro da manhã do quinto dia liga para a cooperativa de táxi e a operadora manda um "BOM-DIA!!!!!!!!!!!!!!" direto no seu cérebro, torpedeando o que restava do seu humor. Que de bom já não tinha mais nada.
* Com duas filhas pequenas, pede arrego e contrata uma empregada. Ao sair de manhã, a casa pós-tsunami, dá instruções à dita de como gosta que o banheiro seja lavado - e você descobre ao chegar em casa à noite, com duas crianças famintas e um marido relaxado, que foi exatamente o que ela fez. Lavou o banheiro como você queria. E não fez mais nada.
* Por exigência do (possível) novo cliente, você tem que marcar a reunião num lugar tipo divisa entre Poconé e Pariangaba. Chove tonéis industriais, e você torra um quarto do dinheiro que não tem em dois táxis, que é pra não chegar (muito) atrasada. Espera 40 minutos no lugar combinado, liga para a criatura que está esperando e ela manda um "Pois é, vamos ter que remarcar".
* Faz de tudo pro cara te notar - até macumba - e nada, e 15 anos depois encontra com ele e ouve o dito confessar que arrastava um trem por você. Devia ter se jogado na frente, pra deixar de ser burro [e cego].
segunda-feira, junho 23, 2008
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