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O Amor, Deus seja louvado, é uma enfermidade
cujo tratamento deve ser de acordo com a aflição.
Deliciosa doença, maravilhoso mal bem-vindo.
Quem dele não sofre não quer ser-lhe imune,
e quem dele sofre não quer vê-lo findo.
Minha doença, os médicos não curam.
Inexorável, arrasta-me à destruição.
Consinto em fazer dela um sacrifício e,
impaciente, bebo o vinho e o veneno.
Minhas noites de amor foram sem pejo.
Minh'alma as amou, porém, acima das paixões.
Ibn Hazm, "O colar no pescoço da pomba"
Córdoba, 1010.
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