quinta-feira, junho 22, 2006
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Eu escrevi um post enorme sobre a conclusão das sessões de psicodiagnóstico da Zé Colméia, que ontem a psicoterapeuta apresentou a mim e ao pai. Mas apaguei porque comecei a chorar tanto, a sentir um ódio tão grande, que acho que não vale a pena escrever isso aqui. Resumindo: o pai acha que ele não tem nada a ver com o que acontece com Zé Colméia. A culpa é exclusivamente minha, já que ele é um pai amoroso e exemplar nos fins de semana que fica com ela.
Por isso eu pedi tanto que ele morresse - porque aí eu deixaria sempre de ter a ilusão infantil de que ele dividiria comigo, quem sabe algum dia, a responsabilidade de formar corretamente duas crianças, e não bancar o animador cultural de fim de semana, achando que isso é ser pai. Eu viveria com a realidade, preto no branco da certidão de óbito, de ser a única responsável pelas minhas filhas.
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Um comentário:
suzana, sei que você está sofrendo e eu nem te conheço, mas já que você compartilhou com aqueles que te lêem essas aflições acho que posso te dizer uma coisa. você precisa cuidar de você, talvez fazer terapia seja uma boa. ele não vai mudar, por mais que você deseje a morte do dito cujo. o mundo será um lugar melhor no dia em que você puder pensar nele com os mesmos sentimentos que tem por uma ameba, ou seja: nenhum. quanto à menina, não há nada que você possa fazer. é a história dela, a qual ela terá que resolver quando chegar a hora. você não tem culpa, acredite. não se pode sofrer pelo inevitável. desculpe se pareço ridícula e meu discurso "psicologizante". não fique desejando a morte dele. imagine que ele morreu e pronto. siga em frente que a zé colméia precisa da mãe dela inteira. beijão, querida.
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