Resoluções de ano novo sempre são uma grande besteira - como castigo de criança: se o petiz fica no quarto horas pensando na bobagem que fez, a última coisa que ele vai fazer é pensar na bobagem que fez. Vai ler revistinha, cutucar gavetas, desenhar, dormir. Resolução de ano novo é a mesma coisa. Lá por maio, junho você desistiu - na verdade, nem lembra mais do que prometeu.
Eu fiz, contrariando a mim mesma, uma resolução - uminha. Viver para o lado de fora da porta. Isso quer dizer não ter medo de conhecer pessoas. De tentar confiar novamente. Parar de achar que o Rio de Janeiro em particular (e o planeta em geral) está povoado de pessoas com um único interesse na vida: dedurar o que eu estou fazendo e com quem estou me relacionando para o meu ex-marido.
Ainda existem (veja você) gente que ainda acha que sou a Sra. Margarina (aquela do comercial), de uniforme e tudo de mulher da figura, quase uma década depois do divórcio. Uma delas, um jornalista a quem mandei uma mensagem de pêsames, agradeceu ao ex-cônjuge a atenção. Responder ao meu email - pra quê?
Enfim. Meu passado morreu três vezes nos últimos quatro meses. Acho que entendi a mensagem. Estou me mudando (ironicamente, para onde minha vida praticamente começou, há 39 anos) e prometi que sediarei um encontro de amigos em abril. Já comecei a aceitar alguns convites que se acumulam no meu Facebook e, respirando fundo, a jogar fora o que tenho guardado (dentro e fora) há 15 anos.
Quinze anos. Já deu o que tinha que dar.
domingo, janeiro 20, 2013
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2 comentários:
Boa Sorte com sua resolução!
Vai Suzana!!! O mundo tá aqui! e pode ser delícia!
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