sexta-feira, abril 20, 2007

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Vocês lembram disso aqui? Pois é, acabou-se. Meu saco encheu quando tive que ligar de celular para o interior de São Paulo às oito da noite para resolver uma MERDA (desculpe, quem se melindrar saia da sala, por favor) que eu não fiz - ao contrário, passei dois meses avisando: "Vai muuuuita gente, a autora é da cidade, bufê pra cem pessoas é pouco, só ela ficou com quase mil convites para distribuir pessoalmente." E o que acontece? Mesmo TODO MUNDO sabendo que ia muita gente, o departamento de Vendas ficou sentado lá na sua cadeira e, quando a livraria pediu 80 livros, ele simplesmente assinou embaixo. Nada de "Olha, eu vou confirmar se vamos mandar mais livros, ok?". Não. Ele não fez isso. E o resultado é que o lançamento começava às 19h e às 19h45m não tinha mais livro. Nada. Quase 300 pessoas entupindo a livraria, e nenhum livro pra autora assinar.

A comida acabou um pouquinho depois, porque a dona do bufê, vendo a invasão bárbara, racionou os canapés e começou a servir copos cheios até um terço. Às 21h30m (o lançamento acabava às 22h) acabou-se o refrigerante - havia quase 40 crianças no evento. Elas não bebem vinho - esse, aliás, foi a única coisa que deu até o final. A economia porca: vai-se pagar o dobro do valor orçado no início - claro, a dona do bufê já mandou uma nota complemetar. Se fosse um contrato para servir 250 pessoas, o preço caía pela metade.

E aí, em taba que só tem cacique, a culpa foi do índio, que há semanas avisava que onde comem e compram cem pessoas em hipótese alguma comem e compram 300. E sabe do que mais? Sim, estou preocupada com o dinheiro - era minha principal fonte de renda. Sim, estou atrasada com a mensalidade das meninas na escola. Ao mesmo tempo, faleceram de choque minha máquina de lavar, meu microondas e a descarga do banheiro - além do rodízio de vacinas dos cachorros que deu uma mordida na minha conta em R$ 350. Mas, como diz minha querida, adorada e sempre sábia Maura, às vezes a vida dá um pontapé na porta da gente quando a gente ouve a comodidade cantar tão alto que não percebe a oportunidade melhor batendo.

Bom, espero que ela entre logo, porque já estou servindo o cafezinho.

Um comentário:

Ana disse...

peraí, quero entender: vc foi quem preveniu E quem pagou o pato?