quarta-feira, outubro 24, 2007

Pensamentos despenteados para dias de temporal*

Odeio luz artificial. Quando chove torrencialmente e não há santo que mande o sol faço tudo na penumbra. Têm coisas, momentos, dias que a gente não deve estragar com insignificâncias civilizadas, como luz elétrica.

Redescobrir músicas que não achávamos assim grande coisa (ouvíamos sem entendê-la) é a afirmação inegável que nos tornamos melhor com o passar dos anos (com raríssimas exceções, reconheço).

Eu tenho uma blusa (uma bata, para ser mais exata) que eu visto quando acho - acho, não tenho certeza - que engordei. É batata: é entrar no vagão do metrô e alguém dar lugar pra grávida. Assim sendo, há duas semanas azeitei esteira, halteres, supinos & remos. Eu, que nunca tive barriga, sinto-me frontalmente (com trocadilho e redundância) afrontada.

Descobrir livros de que ninguém ouviu falar é a afirmação inegável que a gente se torna mais seletivo com o passar dos anos (com raríssimas exceções, reconheço).

De todas as coisas boas que um bom namoro traz, uma única me faz uma falta atroz: aquele momento, milésimos de nanossegundos, que antecede um beijo terno.
Principalmente em dias assim, de temporal.

* Thanks, Nemo ;o)

Um comentário:

Anônimo disse...

Fiu fiu...