O encontro era megaüberplusimportante. Então, acordei de madrugada pra tomar um belo banho, escolher a roupa com cuidado (atenção para a blusa com ares japoneses adquirida num brechó "sou-antenada-sou-chique-E-sou-pão-dura" de cetim fosco verde), dar um upgrade na fachada e arrumar o cabelo - que está comprido o suficiente pra eu finalmente usar meu palito de laca vermelha pra prender um coque. No escuro consegui me arrumar e arrumar as meninas. Saímos amanhecendo de casa. Despejei meus tesouros sonolentos na escola e rumei pro Recreio.
O motorista do táxi me olhava pelo retrovisor de tempos em tempos, e minha auto-estima ia às alturas. "Puxa vida, tô bonita, tô maquiada, tô penteada e tô cheirosinha. Resumindo, tô podendo."
Saltei do carro, chequei a montação (nada esburacado, nada manchado de pasta de dentes, nada com fio puxado, nada do avesso, nenhuma bola-de-rímel-no-canto-do-olhos, dentes ok) e fui confiante. Atravessei uma enorme praça, entrei no prédio, esperei na fila do elevador e adentrei o dito de queixo em pé.
Meu andar era o último - o 28º. Sozinha, me virei para dar uma última ajeitada nas sobrancelhas - e descobri que estava com um pincel das meninas, de cabo vermelho e ainda grudado de tinta, a prender meu coque estiloso.
segunda-feira, outubro 29, 2007
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3 comentários:
ahauahuaaaauhauhua! ótemo. só as mães são capazes dessas proezas...
Foto?
hahahahaha
de chorar de rir.
você é ótima.
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