Dia 5 fez um ano que eu perdi meu pai.
E eu me perdi esses dias, tentando entender como eu ainda não realizei que não, se eu ligar ele não vai atender.
Ele não vai mais contar piadas idiotas quando eu ligar.
Não vai mais contar aquelas histórias intermináveis.
E eu ando com um medo muito louco de esquecer a voz dele, mesmo tendo descoberto uma gravação que meu mp3 vez, por acaso, quando eu estava em Friburgo. No silêncio do quarto (onde as meninas estavam lendo) dá pra ouvir ao fundo meu pai falando com minha mãe.
Esse fiapo de voz, gravado do andar de cima da casa, é o único e último registro que eu tenho da voz do meu pai. Duas frases.
É tudo o que tenho pra não esquecer.
sábado, dezembro 07, 2013
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