segunda-feira, fevereiro 25, 2013

Mudou-se II, Missão Impossível

Eu desconfio sinceramente que as caixas de mudança transam à noite. Porque quantas eu abra, mais aparecem. E agora começaram a surgir umas pequenas, que eu JURAVA que não tinha arrumado na casa velha.
Não vou acabar isso nunca.

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

...

Sinto tanta falta do meu pai.

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

Mudou-se

Dia -2: Últimas caixas fechadas. Olho para as meninas e corro pra pegar um pano úmido: se sairmos na rua assim, seremos levadas pelo primeiro ônibus cata-mendigo da fundação Leão XIII.

Dia -1: Os homens da mudança aparecem para desmontar os dois guarda-roupas. O maior está infestado de cupins. Saio e volto com o estoque inteiro de inseticida que havia na gôndola do supermercado. Depois de tudo desmontado e embrulhado cuidadosamente em papelão, o chefe da mudança avisa que esqueceu: "Papelão é cobra..." À vista dos meus olhos virando nas órbitas e a espuma branca saindo da boca, ele engole o restante da frase "...do à parte" e diz que vai dizer que embrulhou tudo em plástico bolha. Mudança encaixotada, onze e meia da noite, famintas e imundas, arrumamos tudo para ir embora. Já com a porta aberta, Catatau avisa: a cristaleira está cheia de louça.

Dia 0:
12h40m: Meninas domindo, termino de preparar o apartamento para a mudança; às três e meia consigo me deitar, para descobrir que o ventilador de teto pifou. Sonho que estou numa praia, suando em bicas, esperando alguém me oferecer um coco. Às sete e meia acordo - "O pessoal chega às nove, dá tempo de comer rapidinho e levar o cachorro na esquina." Escovando os dentes, o diabo da realidade dá o tranco no cérebro: os caminhões (sim, no plural) chegam às oito. Oito e meia desço do táxi com um Toddynho meio vazio, um pão de queijo mordido e uma cara inchada de ressaca. Seis homens conversam na calçada e olham pra mim. Na testa de cada um lia-se "Bebeu todas ontem, hein?"

15h: A mudança ainda não saiu. Pra acelerar, desmonto eu mesma três estantes e o beliche das meninas. Ajudo a fechar as últimas caixas e a descer o que sobrou.

17h: Subo na boléia de um dos caminhões rumo à Laranjeiras.

21h: Quase tudo subiu - menos a cristaleira maior. Não entra no elevador. Um dos mudeiros chega com uma conversa que vai ter que subir pela escada (14 andares) e se eu podia dar um por fora. "Ligue para a empresa e resolva." A mudança termina, minha cristaleira francesa herdada da minha bisavó vai para o depósito da empresa. Antes de irem embora, dou por falta de um móvel de canto, para TV & apetrechos, que eu cheguei a oferecer para o povo (já que aqui não teria serventia. Móvel de madeira, feito por marceneiro, sob medida). "Ah, a senhora queria? Deixamos na calçada."

Dia 1: O apartamento é um labirinto de caixas. Começo a tentar arrumar as coisas. Às 21h as duas começam: "Onde está minha tesoura?" "Cadê meu dicionário de inglês?" "Minha mochila não fecha." "Eu NÃO vou pra escola amanhã com essa espinha no meio da testa." O diabo da realidade + o demônio do cansaço engrossam a minha voz o suficiente para evaporar duas pré-adolescentes para suas respectivas camas. Minha mãe, que veio de Friburgo ajudar, misteriosamente encontra-se desaparecida desde as 18h do dia anterior.

Dia 2: Chega uma miniequipe de mudeiros pra subir a cristaleira. "D. Suzana, não dá. Só içando, e vai sair R$ 1400." Duas horas e meia depois de repetir NÃO TENHO plus ameaçar sustar os cheques plus dizer que falarei mal da empresa pra todo mundo (o que alegremente vou fazer assim que minha cristaleira estiver aqui a salvo, amanhã), minha mãe reaparece e negocia um desconto e a divisão da dívida em quatro vezes pra depois do próximo fim de milênio.

Não quero mais brincar disso. Tá muito chato.

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

Oi?

Eu nunca me liguei muito em visitação do Breviário - mas pelo sistema agora do Blogger a primeira coisa que se vê no painel é justamente o número de pessoas que entraram no seu blog nos últimos dias.

Hoje foi zero. Estou, literalmente, falando sozinha.

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Quase lá

E o negócio tá andando. O layout tá ficando bacana, as coisas estão tomando forma. Já dá pra sonhar no concreto, mesmo nessa bagunça de caixas de mudanças/dinheiro apertado/fim de férias/volta às aulas/obras postergadas em que hoje eu estou vivendo. Quando eu abro a página e vejo lá, preto-no-colorido, um sonho de uma década a ponto de se realizar, acho que entrei no site errado.
Porque, né? Tá se realizando, gente!
E eu tô boba de tão feliz.