Por algumas poucas semanas, eu tive um amigo que me ligava para falar um monte de abobrinhas. Um dia pedi, de maneira carinhosa e sutil como um caminhão de feira descendo sem freios uma ladeira, que ele falasse coisas sérias, também. Eu não dei valor às abobrinhas. Ao contrário daquelas que a gente pica e entope de tempero, abobrinhas na comunicação são saborosas por si só. Necessárias, até.
Eu ria muito. Atendia o telefone sorrindo, desligava mais leve. Hoje, ele não me liga mais. E eu sinto uma falta abissal dele e das abobrinhas que ele falava.
Tinha razão, meu amigo. Você pode me perdoar?
quarta-feira, novembro 18, 2009
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