segunda-feira, outubro 27, 2008

O que importa



Achei que esse dia jamais de apresentaria de novo mas... bom, estou sentindo falta de ter alguém. Das profundezas dos meus loucos dias, sinto a falta de alguém. De um bom beijo na boca, de um não-vamos-fazer-nada, de um ah-vamos-fazer-sim.

E aí um pensamento puxa outro e lembrei da listinha da Catatau. E fiz, mentalmente, a lista dos meus namorados/marido/casos/trelelê. E fiquei assim meio perdida.

Porque eu já namorei de tudo um pouco. De um cara 14 anos mais novo a um 17 anos mais velho. Gordo, magrelo, meio careca, meio cabeludo. Sarado e largado. Troglô e quase do lado de lá.

Então, qual o meu tipo? Tinha um cara na redação do jornal onde trabalhei que era, nas palavras da meninas, o filho mais bonito e melhorado do Hugh Grant. Pois eu não suportava a criatura. E então me dei conta que me sinto atraída por aquele em quem eu mergulho dentro dos olhos. E eu sei que há grandes possibilidades de isso acontecer se ele tem mãos que me dizem alguma coisa.

Eu já me apaixonei por um cara gordinho, um estrangeiro que falava engraçado e que por quem ninguém dava nada porque tinha feito luta greco-romana quando mais jovem. Mas que tinha um par de olhos azuis, encimado pelas sobrancelhas negras mais gloriosas que eu já vi, que me engolia inteirinha. E as mãos dele acompanhavam os olhos.

Olhos e mãos. Mergulho nos olhos, observo as mãos; não têm um formato específico, uma cor determinada. Têm que me dizer alguma coisa. Têm que me acender de uma certa maneira. Têm que despertar em mim o desejo de vê-los em mim. De senti-los na minha pele. De serem meus, afinal.

Um comentário:

Patricia Daltro disse...

Nossa, essas listinhas do passado, evito fazer. Mas se tiver que dizer o que me atrai, também não é a beleza, é qualquer coisa imperceptível aos olhos, um gesto, uma frase, um modo de sorri... Algo que possa me dizer que aquela pessoa é única. bjs