- Bom-dia, sou da firma de cobrança e estou ligando referente a uma dívida de R$ 790 que a senhora mantém no banco C.
- Eu não sou cliente desse banco desde 2005.
- Mas há um saldo devedor.
- Se existisse saldo devedor eu não poderia ter encerrado a conta.
- Bom, então a senhora tem que ligar para o banco.
- Vocês me ligam três vezes ao ano, e três vezes ao ano eu ligo ou vou à agência do banco e eles me dizem que eu não devo nada. Vocês têm que ligar para lá e...
- Não senhora; nós, não. A senhora.
(Reações adversas: atendentes ignorantes de firmas idem provocam cefaléia, ânsias de vômito, alterações bruscas de humor e personalidade e, em casos mais graves, gestos violentos e comportamento hostil).
- Mãe, tô com a garganta ardendo tanto!
- Ô, filha, vai passar. Você tomou o remédio e vai ver que não deve piorar.
- Ai, vou espirrr... ATCHIM - TUM!
(O Ministério da Saúde adverte: se no "AAATT" você joga a cabeça pra trás, cuidado com o rebote pra frente no "TTTCHIM!" - principalmente se sua cabeça estiver só um pouco acima do nível do tampo de mármore da mesa.)
- Corre, filha! O elevador chegou!
- Peraí, mamãe! Eu não posso correr senão estraga a maquetinha que eu fiz da princesa portuguesa! Minha professora disse que amanhã é o último dia pra entregar e eu não vou conseguir fazer outra e por isso não pode amassar nad...
(Perigo: ao entrar no elevador segure com firmeza papéis e objetos pequenos. Eles são propensos a escaparem da sua mão, caírem no vão entre o andar e o elevador e só pararem láááááá no poço, de onde nenhuma alma viva jamais retornou.)
quinta-feira, outubro 16, 2008
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2 comentários:
Pelo visto Murphy anda aportando por ai também. rs
Hahahahahahahaha... adoro o quanto voce me faz rir! Com seu jeito gostoso de descrever o quotidiano banal, mas maravilhoso. Adoro.
Bem que voce podia achar um jeito de ganhar dinheiro com isso, hein? Hein? Ia ser uma boa, nè?
Eu pago.
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