"Cara, tipo assim, que bichice! Mas é mó recalque, tipo assim, o que eu falei pra ela, e ela me disse tipo assim se enxerga, né? Porque, tipo assim, você é linda - só que não. E ainda vem cheia de recalque. Que bichice! E o irmão dela é o maior gatinho - só que não. Mas eu disse pra minha irmã - bom, ela não é minha irmã mas é suuuuuuuuuper minha amiga, então né? É minha irmã - eu disse pra ela que ela pode até estar amarradona nele mas tipo assim, nada a ver. Maior mico. Porque ela é Twilighter, é Lítor e, tipo assim, vai gostar logo daquele cara? Não dá, né? Muita bichice pro meu gosto.
Mãe? Cê tá ouvindo? Mãe?"
Zé Colméia fala todo um vocabulário que eu não consigo entender. Mas um dia eu espero compreender tudo isso, esse mistério linguístico, essas mutações parentais, esse universo que se interpõe entre nós a cada mês. Mas, quando eu acho que nada poderá transpô-lo, ela vem pra minha cama à noite, se aconchega a mim e diz, entre um soluço e outro: "Mamãe, posso dormir com você? Tive um pesadelo tão horrível...!
Feliz aniversário, querida. Minha cama, meu colo, meu amor sempre estarão - tipo assim - à sua disposição, mesmo sendo o maior mico, repleto de bichice e recalque (que, eu tenho certeza, você não faz a menor ideia do que quer dizer :o).
quinta-feira, junho 20, 2013
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