segunda-feira, dezembro 26, 2011
Dividir e multiplicar
Esta é a última semana do ano. Eu estou sozinha aqui na redação da revista. Eu & minhas listas, eu & minhas resoluções, eu & EU. Pensando como foi o ano, o que eu quero fazer em 2012 - você sabe, antes de o mundo acabar no próximo Natal :)
Então. Zé Colméia passou por um triz, Catatau passou direito. Zé Colméia ainda insiste em andar pelada pela casa (dentro e fora,) Catatau escolheu um sapato de salto (saltinho, vai) vermelho de verniz chiquerésimo pra usar na ceia de Natal na casa do pai. Minhas meninas que já não estão assim tão meninas.
Eu passei o Natal sozinha. Minha ceia foi um panetone com suco de manga. Era pra ser vinho verde, mas eu esqueci. Deixei de lembrar um monte de coisas, mas não me saía da cabeça meu pai segurando o choro ao telefone dizendo que o aparelho deles estava mudo e que ali, no meio da estrada poerenta, ele me abençoava e me desejava o melhor dos natais, o melhor dos revéillons, o melhor.
Meu cachorro mais novo fez 10 anos no dia de Natal. Dez anos. A caçulinha. Meu querido golden já avança para os 14 anos, com saúde e todos os dentes na boca. Ainda late alucinada e dolorosamente quando me vê calçar os sapatos para sair, e se esfrega em mim qual um gigantesco gato laranja quando chego em casa.
Sem água, sem as meninas, sem ceia de Natal, sem árvore, sem presentes, mas cheia de gratidão por terminar o ano com saúde, com meus pais vivos, com filhas saudáveis, com comida na mesa e um teto sobre a cabeça, com meus companheiros fiéis dormindo satisfeitos na cozinha, com meus amigos.
Bom 2012 pra você. Que o fim do próximo ano chegue assim: sem nada a pedir, com tudo por agradecer.
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6 comentários:
pra você também, querida!
Desejo beleza, mais, em sua vida. Sempre.
Feliz ano novo.
Rita
eu me arrepio quando leio você...
gosto de vc pelo que conheço de sua vida através do blog. escreva mais, vc é especial. beijos e tudo de bo pra você e para suas filhas, seus pais, seus bichos.
Alegria e dor nos temperam. Enquanto uma dá o sabor que nos alimenta, a outra dá a têmpera que nos sustenta. Que você as tenha na justa medida.
A verdade é que você me lembra muito a minha mãe. Essa história toda de cuidar das filhas sozinhas e trabalhar igual uma maluca e ter o orçamento apertado...
E eu simplesmente não consigo parar de ler e lembrar. Acho que se minha mãe escrevesse num blog seria mais ou menos assim.
(sim, li uma boa parte do blog, de hoje (10/12/12) até aqui,hehe, mas não se preocupe, não sou psicopata).
:)
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