Eu poderia me alongar e dizer que o cara não foi - faltou à audiência de conciliação. Ou melhor, chegou 40 minutos atrasado. Só olhei para ele 2 segundos, literalmente, mas esses dois segundos me tragaram numa onda de mal estar que perdurou até a noite.
Eu poderia dizer que sinto a sua falta e de conversar com você. Só isso - sinto a sua falta.
Eu poderia comentar inclusive que enfiei um sonho de valsa inteirinho na boca, dentro do elevador - e antes que a porta se fechasse o presidente da editora entrou e deu bom dia. E a careca dele brilhava de tão divertido que ele estava por me ver constrangidíssima, tentando mastigar, engolir, sorrir e falar ao mesmo tempo - sem a jaqueta de chocolate em cima dos dentes.
Mas o que eu queria dizer mesmo tem a ver com o que eu vi, hoje, descendo a ladeira no fim do dia: como é gostoso ver meninas brincando de boneca. Eu brinquei muito, mas hoje não tenho paciência. Mas observar como se deixam absorver pelo papel que representa ali é arrebatador - a menina não brinca, ela É a boneca.
Eu perdi essa magia. Não sobrou nenhuma, e Zé Colméia e Catatau, que sempre me cobram participação mais ativa nos chás dançantes da Barbie, levarão essa mágoa de sua mãe por toda a vida adulta. Que elas não percam essa magia, também.
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
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Um comentário:
Su, minha vida está meio zoneada e eu tenho lido os blogs que amo com atraso, mas saiba que as energias boas daqui fluem constantemente, pra você se livrar dessas sensações ruins que gente ruim provoca.
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