sábado, janeiro 29, 2011

Miudezas

* Consegui um frigobar novinho, emprestado de uma amiga-mãe de uma coleguinha das meninas. Toda feliz, levei o essencial que estava na geladeira dos meus pais de volta para casa. A mini tem tomada três pinos - e eu, obviamente, não tinha um adaptador (oi, eu sou a Suzana).

* O calor é tanto que ontem eu dormi na banheira. Acordei com os cachorros bebendo água em cima de mim. Acordar sendo lambida é, também obviamente, ótimo quando a gente sabe quem está na outra ponta da lingua.

* E por falar nisso, não sei se é o calor, o ócio, a musculação ou a crise de meia idade mas eu preciso urgentemente de sexo. Porque, você sabe, já se vão... deixa eu ver... cinco anos sem?
Por aí. Mas quem está contando, né minha gente?
(euzinha. *suspiro*)

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Besta II - Missão Ócio

Sem nada para fazer além de ver televisão, resolvi levar a vagabundagem a níveis jamais imaginados (pelo menos para mim). Meu cabelo está da cor do inferno e brilhantes que nem anúncio da L'Oreal. As unhas ganham esmalte novo a cada dois dias. Fiz depilação onde jamais pensei que precisasse; mando bem na musculação duas horas ao dia, todo santo dia, e redescobri todos os cremes que acumulei no último ano e que não tirei nem da caixa.

Meus cachorros já estão aprendendo a fazer fiu-fiu.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Besta

Fazendo as contas, mesmo sem trabalhar vou pagar as contas raspando - somando a pensão do pai das meninas e a ajuda que minha mãe, religiosamente, pinga na minha conta para pagar a escola das meninas. Então, eu sou oficialmente aquela que vive às custas do ex-marido e dos pais.

A minha vergonha é tanta que eu simplesmente não ligo. Já mandei umas quatro dezenas de currículos e não obtive uma mísera resposta. A maior parte das vagas paga dois salários mínimos; o regime de contratação é PJ e, pasmem, pede pós-graduação. De nada valem duas línguas e quase 20 anos de experiência em quase todos os ramos da comunicação. Como eu não tenho pós não consigo sequer mandar o currículo.

Assim é que eu passo meus dias sozinha, vendo televisão da hora em que eu acordo até a hora em que vou dormir - quando eu durmo. Desde que a geladeira pifou (já se vai quase uma semana) minhas noites têm de uma a três horas de duração. Não tenho nada a me ocupar: nem as meninas, nem o trabalho, nada. Somente a lembrança do meu pai, curtindo seu desemprego regado a televisão e cigarros.

Currículo transbordando experiência, duas faculdades de primeira linha, dois idiomas na ponta da língua, um bom português. Tanto orgulho para nada.

A vida é uma Bosch

Abro a geladeira e penso na mesma hora em "como ela é valente, 12 anos sem nem um problema." No dia seguinte ela descongela sozinha. Preço do conserto: R$ 600. Tempo de espera para o conserto (até a peça vir da fábrica): 10 dias úteis.

Moral da história: Jamais elogie seus eletrodomésticos na presença deles.

terça-feira, janeiro 18, 2011

...

A casa dos meus pais, em Friburgo, sobreviveu. Os dois estavam no Rio. Eu estava lá. Sem água nem luz desde quarta-feira. Fiquei sozinha, terminando um trabalho e fingindo que não sentia medo que a casa fosse saqueada. A caseira aparecia de manhã cedinho - era o leva-e-traz entre eu e a civilização. Ela perdeu tudo. O filho mais velho construiu uma calha no telhado para recolher água da chuva. É essa água que a família dela bebe desde o temporal.

Ela ligou para meus pais na sexta-feira e, depois das notícias da região, perguntou timidamente o que fazer com toda a comida armazenada na geladeira e nos dois freezers, já que o sítio dos meus pais também está sem luz. Meu pai disse que ela levasse tudo, não apenas o que estava nos refrigeradores mas também no quarto da despensa que, por ser o lugar mais fresco, é onde minha mãe guarda verduras e frutas. Foi essa comida que sustentou a família dela e as da sua vizinhança. Cozinhamos uma boa parte. Ajudei a carregar tudo até a metade do caminho.

Ainda há corpos por lá. Os que são retirados da lama saem pretos, irreconhecíveis. Em alguns pontos da estrada o cheiro de carniça é insuportável. Muitos cachorros vagando pelos montes. A Defesa Civil chegou ontem onde ela mora, com água e comida. Muito depois é o sítio dos meus pais. Uma das duas estradas que levam até lá simplesmente não existe mais. A Defesa Civil ainda não chegou lá.

Um dos vizinhos tem um trator. Andando com ele por ali, consegui sinal de celular. Troquei e-mails, mandei torpedos. Ontem, com o tempo bom, desci depois de uma espera de seis horas na rodoviária. Despedi-me dos cachorros com o coração na boca, e fui embora.

Vocês não têm idéia da destruição. Eu não tenho idéia. Porque, afinal, não perdi ninguém, a casa dos meus pais está de pé, nada se perdeu. E até se sentir no ar, cheirar aquela brisa recendendo a carne podre e pó de lama, então aí se saberá o que foi a devastação que aconteceu.

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Goddess

As meninas têm uma coleção gigantesca de Barbies - da última vez que contei, beirava os 40 exemplares. Elas brincam com todas, apesar de Zé Colméia ter predileção pelos cavalos (tem seis) e Catatau, pelas princesas (porque, como ela apontou, os vestidos são mais brilhantes e, como ela ensinou, sem brilho você não é nada :o). Então, na lista de Papai Noel uma Barbie para cada eram itens indispensáveis.

Catatau, em cartinha ao Bom Velhinho, dispensou a sua e pediu uma Moxi Girl. Zé Colméia não especificou. Papai Noel mandou uma destas abaixo:



Adivinha qual ela ganhou - e minha pequena AMOU a boneca, que vai com seus stilettos pra tudo quanto é canto, incluindo supermercado & afins. E, confesso, chama uma baita atenção.

Se você achou as bonecas lindas e um loosho e quer saber mais sobre elas, mais informações você encontra nesse site, que tem tudo explicadinho sobre essa coleção.